A União Africana (UA) anunciou ontem a criação de uma comissão que se vai dedicar à avaliação da polémica acreditação de Israel como país observador daquela organização, o que desagradou a vários Estados membros.
Segundo escreve a Lusa, a comissão foi criada para “tentar encontrar consenso”.
De acordo com o Presidente do Senegal, Macky Sall, recém-eleito líder da organização, que falava numa conferência de imprensa no final da 35.ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da UA, que decorreu entre sábado e domingo, “trata-se de uma questão que divide o continente. Acreditamos que África não deve ser dividida”.
A controvérsia começou em julho passado, quando o presidente da Comissão da UA (secretariado), Moussa Faki Mahamat, aceitou a acreditação de Israel como observador do bloco regional, provocando uma invulgar reação no seio da organização.
Face a esta situação, muitos chefes de Estado como a África do Sul e a Argélia, por exemplo, ficaram indignados alegando que a aceitação era contra as declarações de apoio da organização aos territórios palestinos.