O pedido foi feito depois de a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano ter dito estar preocupada com a polémica da Tabela Salarial Única no seio da Função Pública.
A crescente insatisfação dos funcionários públicos com os enquadramentos na Tabela Salarial Única chegou à ministra da Educação e Desenvolvimento Humano.
Carmelita Namashulua disse que o sector que dirige está preocupado com a polémica, pelo que decorrem, no momento, conversações com o Sindicato Nacional dos Professores, com vista a compreender, da melhor maneira, as insatisfações dos professores.
“Estamos muito preocupados em relação a algumas inquietações que ouvimos. Como sector, estamos a trabalhar com a ONP no sentido de ouvirmos com muito cuidado e rigor as preocupações dos nossos colegas. Ouvimos algumas, mas é importante que sejam devidamente aprimoradas pelo Sindicato dos Professores. Hoje, nós vamos ter de novo uma reunião para ouvirmos mais preocupações e, junto ao Governo, daremos o nosso posicionamento”, garantiu a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano.
Na semana passada, alguns funcionários, como os médicos, ameaçaram paralisar actividades. Namashulua apelou aos professores para manterem a calma.
“Por isso, queremos chamar atenção aos nossos colegas professores para que continuem a dar aulas, continuem a preparar os nossos alunos para os exames do próximo mês”, exortou Namashulua.
Em caso de alguma preocupação em relação ao salário, a ministra aconselha a que “encaminhem às devidas instituições” e que “É importante termos calma, este é um processo inacabado”.
Sobre a paralisação de aulas em algumas escolas das cidades de Maputo e Matola, havida na semana passada, a ministra diz não ser verdade.
“A informação que nós temos é que os professores estão nas devidas escolas a fazer a parte mais importante, a preparação dos alunos para o exame”, declarou.
Carmelita Namashulua falava, hoje, em Maputo, durante uma cerimónia de abertura da 10ª edição das Olimpíadas Académicas, concurso da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, adiado desde 2019, devido à eclosão da pandemia da COVID-19.