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Trinta anos de prisão para agentes da UIR em Nampula

Dois agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) em Nampula foram condenados esta quinta-feira a 30 anos de prisão por se ter provado o seu envolvimento na morte de um membro da Polícia Municipal em Julho do ano passado.

O Tribunal Judicial da Província de Nampula julgou provado o envolvimento de dois agentes da Unidade de Intervenção Rápida no assassinato de um membro da Polícia Municipal de Nampula, na madrugada de 29 de Julho do ano passado, em plena vigência do estado de emergência nacional por conta da covid-19.

“O tribunal condenou os arguidos a 30 anos de prisão maior pelos factos que se sucederam, sendo certo que o baleamento que a vítima sofreu foi letal e provocou-lhe a morte. O filho deu ajuda ao pai, mas já sem condições, este veio perder a vida próximo à entrada do Hospital Central de Nampula. Os réus agiram numa atitude em que o tribunal encontrou os fundamentos e ficou provado o seu envolvimento”, disse César Fernando, juiz da causa, falando à imprensa.

Para além dos 30 anos de prisão, os condenados deverão pagar uma indemnização de 500 mil meticais à família do malogrado, que deixou viúva e quatro filhos.
A data dos factos, madrugada de 29 de Julho de 2020, os dois agentes da UIR terão abordado a vítima quando esta se fazia transportar na sua viatura na periferia da cidade de Nampula.

Depois da abordagem, a vítima terá se identificado, só que mesmo assim, os dois agentes entraram na residência e um deles apontou a arma no vidro pára-brisa, do lado do condutor onde o malogrado estava e disparou um tiro que o acertou no peito.

Na altura, toda a confusão foi porque a vítima estava na rua naquela hora, em pleno estado de emergência.

Ainda em Nampula, o Serviço Nacional de Investigação Criminal, SERNIC, deteve um jovem em flagrante delito, quando estava a baldear 66 kg de droga na praia de Nacala, juntamente com cinco tanzanianos que conseguiram fugir de barco.

“Eles vinham com um barco pequeno que era para descarregar e tinham seus homens que iam levar o produto, só que como o efectivo deles era pouco precisavam de alguém para quando chegarem poderem ver que a margem é aqui para poderem entrar. Foi de noite, por volta da 01h00 de madrugada de domingo”, explicou o indiciado.

O SERNIC não descarta a hipótese de se tratar de grandes traficantes de droga que por causa da violência na costa de Cabo Delgado descem para a parte costeira de Nampula para o baldeamento de droga que depois segue por via rodoviária para Maputo e África do Sul.

“Os cinco são de nacionalidade tanzaniana. Então, presume-se que a droga esteja a vir de Tanzania e das investigações que fizemos, Nampula ou o distrito portuário não seria o destino, mas sim o corredor”, esclareceu Enina Tsinine, porta-voz do SERNIC em Nampula.

Esta mini-bus foi apreendida pelo SERNIC e supõe-se que seria usada para o transporte dos 66 kg de heroína e Metanfetamina.

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