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Tribunal Internacional de Justiça fala hoje sobre guerra em Gaza

O Hamas afirmou hoje que acatará qualquer decisão emitida pelo Tribunal Internacional de Justiça, sobre um cessar-fogo no Médio Oriente, desde que a parte israelita faça o mesmo. A mais alta instância judicial das Nações Unidas deverá se pronunciar hoje sobre a acusação contra Israel de Genocídio.

A África do Sul apresentou em Dezembro um pedido urgente ao  Tribunal Internacional de Justiça, argumentando que Israel estava a violar a Convenção das Nações Unidas sobre o Genocídio, assinada em 1948 na sequência do Holocausto.

De acordo com a imprensa internacional, os juízes do Tribunal pronunciam-se hoje, em Haia, sobre o pedido de medidas de emergência apresentado pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio de palestinianos na Faixa de Gaza.

Sobre a decisão ainda a ser conhecida desta instância judicial, o movimento islamita palestiniano Hamas  comunicou, esta quinta-feira que vai cumprir com todas as decisões sobre um eventual cessar-fogo, desde que o Israel cumpra com as regras.

O Hamas disse ainda que vai libertar todos os reféns sequestrados durante o ataque de 7 de Outubro no território israelita, se a outra parte libertar os prisioneiros palestinianos que têm nas suas prisões.

“O inimigo sionista deve pôr fim ao seu cerco de 18 anos à Faixa de Gaza e fornecer toda a ajuda necessária para o alívio da população e a reconstrução”, concluiu o Hamas em comunicado.

A instância judicial das Nações Unidas, com sede na Holanda, poderá ordenar a Israel que ponha fim à sua campanha militar em Gaza, desencadeada pelo ataque de proporções sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita a 7 de Outubro.

Esta sexta-feira, o tribunal só se irá pronunciar sobre o pedido de medidas de emergência feito pela África do Sul e não sobre a questão central de saber se Israel está ou não a cometer genocídio em Gaza.

Entretanto, o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas estão a negociar um cessar-fogo de um mês. Além do envio de mais alimentos e suprimentos médicos, o novo acordo prevê a libertação de reféns palestinos e israelenses.

De acordo com fontes próximas das negociações, citadas pelo Observador, os reféns vão ser libertados de Gaza ao longo de 35 dias.

As negociações sobre o cessar-fogo têm sido mediadas pelo Catar, Estados Unidos e Egito.

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