O Supremo Tribunal da Coreia do Sul decidiu manter, esta quinta-feira, a pena de 17 anos do ex-Presidente Lee Myung-bak, acusado de desvio de 25,2 mil milhões de won e por receber 9,4 mil milhões de won em subornos, escreve o Notícias ao Minuto.
O ex-Presidente, que chegou à política depois de uma longa carreira na Hyundai, foi condenado em 2018 pelo Tribunal Distrital Central de Seul a uma pena de 15 anos de prisão e uma multa de 13 mil milhões de won (10 milhões de euros), por aceitar subornos do Grupo Samsung para conceder um indulto presidencial ao antigo responsável da empresa Lee Kun-hee, que foi condenado por evasão fiscal.
Em Fevereiro, o tribunal aumentou em recurso para 17 anos de prisão, mas Myung-bak permaneceu em liberdade sob fiança até à decisão do tribunal supremo.
“Não houve erro legal na condenação do tribunal de recurso por corrupção e desvio de fundos”, informou a instância judicial em comunicado, citado pelo Notícias ao Minuto.
Segundo a fonte, o ex-Presidente sul-coreano, que não tem mais recursos legais, corre o risco de terminar a vida na cadeia, a menos que lhe seja concedido um perdão presidencial.
Na Coreia do Sul os chefes de estado são condenados frequentemente a penas de prisão após abandonarem o poder, sobretudo quando acontece uma alternância política. Os quatro antigos presidentes que ainda estão vivos foram todos condenados desta forma, escreve a TVI24.
Lee Myung-bak foi presidente de seu país de 2008 até 2013, e foi prefeito do município de Seul de 2002 a 2006. Sucedeu a Roh Moo-hyun como presidente da Coreia do Sul em 25 de Fevereiro de 2008.