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Transporte interprovincial: tarifa será agravada a partir de 15 de Julho

Foto: O País     

Viajar de transporte interprovincial passa a custar mais caro a partir do dia 15 deste mês. De acordo com a FEMATRO, a medida deve-se ao recente agravamento do preço do combustível e a entrada em funcionamento de novas portagens.

Uma semana após a entrada em vigor de novos preços do combustível, a Federação Moçambicana das Associações Transportadores Rodoviários (FEMATRO) anunciou, através de um comunicado, o agravamento das tarifas para as viagens de longo curso, devendo a nova tabela ser aplicada a partir do dia 15 deste mês. O aumento da tarifa varia de 140 a 1100 Meticais.

Entretanto, a tarifa sofrerá um agravamento de dois Meticais por quilómetro, comparativamente a 175 Meticais aplicados actualmente, o que significa que o aumento é de 0,25 centavos por passageiro a cada quilómetro.

Na zona Norte, por exemplo, viajar de Maputo para Lichinga são 4900 MT. Com a nova tarifa, a mesma viagem passa a custar seis mil Meticais, um agravamento de 11OO MT.

Actualmente, da Cidade de Maputo para Nampula, paga-se 3600 MT, mas, a partir de 15 de Julho em curso, serão necessários 4500 MT, um incremento de 900 MT.

De Maputo a Chimoio, neste momento cobra-se 2000MT. Com a subida, o agravamento de 300 Meticais, o passageiro terá de pagar 2300MT.

De Maputo para Xai-Xai, a tarifa aplicada é de 360MT e, com o agravamento de 140MT, passará a custar 500MT.

Em reacção sobre o assunto, o presidente da FEMATRO, Castigo Nhamane, disse que as novas tarifas são aplicadas por conta da subida dos combustíveis, mas também “é preciso saber que nós não tínhamos as portagens, hoje, um autocarro, com a introdução das novas portagens na Estrada Nacional Número Um (N1) quando sai, por exemplo, para a Beira só de portagem gasta cerca de 8360 Meticais”.

Além disso, estão também os custos de manutenção que, segundo os operadores, são insustentáveis por conta das condições precárias da EN1.

“A STV trouxe a fotografia real da EN1, no entanto estamos a falar de um trajecto onde o autocarro pode sair de Maputo com pneus novos e voltar sem nenhum deles”, explicou. Entretanto, o presidente da FEMATRO diz ainda que o transporte é feito em condições extremamente precárias, colocando em risco a vida dos passageiros.

As novas tarifas são anunciadas numa altura em que o Governo, através da Agência Metropolitana de Transporte de Maputo, garantiu já haver fundos para subsidiar os passageiros e compensar os transportadores no país.

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