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Transporte de passageiros cada vez insustentável em Inhambane

Foto:O País

A actividade de transporte público de passageiros está cada vez mais insustentável em Inhambane, uma situação antiga, que até já causou desistência de 30 operadores, mas agravada pela recente subida de preços de combustível.

Jaime Guirrugo é transportador de passageiros há mais de 10 anos e diz que, nos últimos anos, a actividade de transporte de passageiros deixou de ser rentável e, agora, trabalha na esperança de dias melhores.

A reclamação da falta de cobertura de custos operacionais não é de hoje, mas a situação agravou-se com a recente subida do preço do combustível.

A nossa equipa de reportagem encontrou António Guilundo, também operador de transporte de passageiros, e revelou que acabava de chegar de Govuro, sua rota habitual, mas, nesta quinta-feira, teve de fazer, depois, a rota Inhambane – Maxixe, para ver se conseguia mais algum dinheiro, uma vez que, na rota habitual, não fez a receita do dia.

Em dois anos, cerca de 30 operadores da cidade de Inhambane desistiram do ramo de transporte de passageiros e teme-se que a situação se agrave.

Rodrigues Gueze, da Associação dos Transportadores Rodoviários de Inhambane, disse ao “O Pais” que os próximos dias são sombrios e espera-se que reduza o número de operadores de transporte de passageiros.

Em Dezembro do ano passado, a Associação dos Transportadores Rodoviários de Inhambane submeteu ao Governo uma proposta para reajuste do bilhete de passagem que, entretanto, ainda foi aprovada.

Refira-se que a proposta da agremiação era de um incremento de cinco Meticais por passageiro, na área urbana, e 1.5 MT por passageiro, por cada quilómetro percorrido fora da área urbana.

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