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Transportadores paralisam actividades na Junta devido a multas

Operadores da rota Cidade de Maputo–Gaza paralisaram, hoje, as actividades, como forma de protestar contra multas cobradas pelas autoridades. Os transportadores em causa carregaram passageiros fora do parque definido para o efeito. O Município de Maputo diz que a medida visa acabar com a concorrência desleal.

São mais de 30 transportadores, da rota Cidade de Maputo–Gaza, que decidiram invadir o Terminal Interprovincial da Junta, na manhã desta quinta-feira.

Em causa estão as multas cobradas, que chegam até aos 25 mil Meticais, por levarem passageiros em paragens não reconhecidas, alegando fraco movimento no interior do parque, segundo contou João Ernesto, um dos transportadores multados.

“Encontraram-me na paragem Jardim a carregar passageiros para Gaza, de seguida fui bloqueado e mandaram-me descarregar para ir ao parque. Quando cheguei, deram-me uma multa de 25 mil Meticais”, contou o transportador.

Segundo os transportadores, a direcção da Associação dos Transportadores da Rota Cidade de Maputo–Gaza está ciente do problema.

“A associação não nos tem defendido, mas todas as manhãs temos comprado as listas para preencher os nomes dos passageiros que irão viajar, mesmo assim, eles apreendem as viaturas e cobram-nos multas, enquanto corremos noutros lugares com o conhecimento deles”, queixou-se Edson Lino.

Entretanto, a agremiação negou as acusações e disse que os operadores têm comprometido as actividades no Terminal Interprovincial da Junta.

“Fora do parque, o passageiro é aliciado com outros preços, o que faz com que, depois, não se faça à praça, por isso os carros permanecem muito tempo no interior do parque”, explicou Massango, vice-presidente da Associação dos Transportadores da Rota Cidade de Maputo–Gaza.

O Conselho Municipal de Maputo esclareceu que as multas aplicadas estão previstas na Lei.

“As autoridades aplicam as multas porque as pessoas estão a infringir a postura municipal. Todos os transportadores devem carregar os passageiros no interior do parque, para não contrariar o que a postura prevê”, explicou Nelson Massango, director de Mobilidade, Transportes e Trânsito, no Município de Maputo.

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