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Tractores para transporte de passageiros: Governo aberto a críticas

O projecto de aquisição de tractores para o transporte de passageiros no campo foi introduzido como um projecto piloto,  ano passado, e foi  decidido e desenhado com objectivo de facilitar o escoamento da produção das zonas agrícolas para os mercados, segundo afirmou  o Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe. Matlombe diz que,  primeiro,  é preciso dar mérito à equipa que pensou nos tractores como solução de transporte de pessoas e bens no campo, isto  do ponto de vista de inclusão.

 

O Ministro dos Transportes e Logística esclareceu   que o objectivo central é garantir o escoamento da produção das zonas agrícolas para os mercados.

“Podemos discutir o meio, mas nós, ao nível do Governo, apreciamos, obviamente, a proposta.  Se olharmos esse como pressuposto da concepção da solução, achamos que este meio,  para as zonas de produção e  para os mercados,  atende às necessidades  tendo em conta as características  das  zonas onde se faz a produção, que é para facilitar que os camponeses, as pessoas que praticam a agricultura, que precisam escoar a produção para fazer chegar aos mercados,  para alimentar os nossos mercados e reduzir a nossa dependência”, argumentou João Matlombe.

O Ministro dos Transportes de Logística justificou que  o objetivo passa por, “obviamente, na importação de produtos de primeira necessidade, passarmos a ter produtos mais ou menos nacionais. Achamos que elas,  se calhar, ajustam-se. Agora, se o meio tem que ser tractor, tem que ser 4×4, essa é uma questão, obviamente, que cada um tem que emitir a sua opinião.

O governo lembrou que,  nos mercados grossistas,  os “chapas-100” não aceitam transportar passageiros com grandes cargas agrícolas.

“Aquelas nossas mães são obrigadas a andar com as carinhas de caixa aberta. Então, como  é que se atende, porque os mercados precisam daquilo, precisam daqueles produtos para comercializar. Qual é o meio mais ajustado, se é este ou aquele, portanto, penso que esse é um debate que se coloca, mas o mais importante é vermos a finalidade e qual é a solução que pode ser colocada.”

Matlombe disse, ainda,  que o Governo está aberto a críticas sobre esta questão,  e que  todas as opiniões que têm sido emitidas pela sociedade são válidas e que tem sido objecto de análise no Governo.

“Nós estamos abertos, estamos a ouvir, estamos a acompanhar todo o debate que está a acontecer.  Mas mais do que o debate, o mais importante é avaliar, mais ou menos, o local onde vai ser implementado, as condições em que vai ser implementado, a população que precisa  desse meio.”

Frisou, por outro lado, que ” as opiniões têm que, também, ir de encontro com a capacidade, com a realidade  que nós temos e com a condição que o país tem, neste momento. Todos gostaríamos, obviamente, de ter uma solução melhor que esta, não há dúvidas. Nós, também, gostaríamos de ter isso, mas o que é possível neste momento é o que  está  a ser feito.  Nós não queremos, obviamente,  que se pense que  o governo em exercício decidiu  matar a iniciativa que já tinha sido  iniciada. O que fizemos foi tentar consolidar a iniciativa e vamos tentando aprimorar. Se nós acharmos que a medida não se ajusta em algum canto, obviamente, vamos ajustar”, justificou Matlombe.

Em relação aos elevados custos dos referidos tractores,  o titular da pasta dos Transportes e Logística  explicou que não encontra razões para críticas, pois, frisou, os mesmos incluem a manutenção por cinco anos.

Em relação aos elevados custos dos referidos tractores,   o Ministro dos Transportes e Logística explicou que não encontra razões para críticas pois  os mesmos incluem a manutenção por cinco anos.

 

 

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