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Trabalhadores já retomam actividades em Xinavane

Foto: O País

Sessenta e cinco por cento dos cerca de 4 mil trabalhadores da açucareira de Xinavane na Província de Maputo já retomaram ao trabalho, depois de observar uma greve que culminou com vandalização de várias infra-estruturas e bens. A entidade patronal, o sindicato e o Governo alcançaram um acordo visando o incremento salarial num período de um ano. Mas a massa laboral diz que os consensos alcançados não condizem com os objectivos da greve.

Os trabalhadores da açucareira de Xinavane conseguiram o aumento salarial que reivindicavam, há dias atrás. Os acordos alcançados vão vigorar de Março de 2022 a Março de 2023. Os aumentos salariais variam de 330 a 940 Meticais respectivamente.

Na categoria A1, por exemplo, ganhava-se 5.870 e passou para 6,200 Meticais.

Na categoria A2, o trabalhador recebia 6.015 Meticais e, de acordo com o aumento em vigor, passa a ganhar 6.330 Meticais.

Já na categoria A3 o salário mudou de 6.105 para 6550 Meticais.

Para a categoria B1 ganhava-se 7500 e houve um aumento até 8030 Meticais.

Na categoria B2 os salários mudam de 9170 para 9590 Meticais.

Na categoria B3 o salário de 11.235 mudou para 12.005 meticais

Na categoria B4 ganha-se actualmente 14.140 Meticais contra os anteriores 13.530 e por fim a categoria B5 o salário mudou de 17.080 para 18.020 Meticais.

As negociações envolveram o Governo de Moçambique, a Tongaat Hulett que detém neste caso a Açucareira de Xinavane e o Sindicato em representação da massa laboral. Mas para os trabalhadores o incremento esta longe de satisfazer a expectativa.

“Para nós esses incrementos são aqueles que nas negociações normais anuais têm acontecido. Agora para aquilo que era o objectivo da greve não é isso, está muito longe de satisfazer a preocupação. Mas foi o que conseguimos e nos conformamos com isso e está tudo bem e já estamos a trabalhar”, disse Orlando Chume representante dos trabalhadores da Açucareira de Xinavane.

Entretanto, Ananias Chomola, representante da empresa, adverte que os trabalhadores que não se fizeram presentes, até o dia 2 do mês em curso, correm o risco de perder o emprego.

“A partir do dia 2 de Março, com efeitos imediatos, quem não se fizer ao seu posto de trabalho incorre a um processo disciplinar que, ao agravar-se, pode perder o seu emprego.”

O representante da empresa confirmou que os 27 trabalhadores detidos pela Polícia serão julgados esta semana e, dependendo do grau de envolvimento de cada um nos tumultos, serão responsabilizados. E a Polícia da República de Moçambique (PRM), na Província de Maputo, garante que foi restabelecida a ordem e tranquilidade públicas.

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