Funcionários de uma fábrica de tijoleiras, na província de Maputo, destruíram equipamentos da empresa e partiram inúmeras quantidades de produtos. A empresa diz que os trabalhadores sentiam-se pressionados com o actual modelo de trabalho, causado pelos protestos que acontecem no país.
Os passos eram rumo a um protesto por questões laborais, mas terminou na vandalização de uma fábrica de tijoleira, no distrito de Moamba, província de Maputo.
A situação deu-se na última quinta-feira, quando os trabalhadores da Safira Mozambique Ceramic LTD reuniram-se na oficina de produção e, como forma de protesto, destruíram equipamentos diversos e partiram tijoleiras.
A denúncia é feita através de um comunicado de imprensa, no qual a empresa explica que: “Os funcionários estavam sob grande pressão e não conseguiram trabalhar normalmente”, lê-se no comunicado.
Os trabalhadores usaram barras de ferro para violentar fisicamente técnicos chineses.Em um vídeo amador podem ser vistos funcionários que furtam alimentos da cozinha da empresa e numa situação de perigo, segundo explica o documento.
“Nesse período, os equipamentos da empresa utilizavam gás natural. Sem desligar os equipamentos e o gás, os técnicos chineses e alguns funcionários da linha de produção foram obrigados a abandonar a oficina. O gás natural estava em risco de explosão, o que traria enormes riscos de segurança para as imediações da fábrica”.
A empresa relata, no comunicado, prejuízos decorrentes da vandalização e, também, por causa da paralisação de actividades, devido aos protestos no país.
O armazém da empresa contém quantidades significativas de produtos e as vendas diminuíram.