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Tomaram vacina, mas (ainda) não estão livres do vírus da raiva

Os dias ainda são de incerteza para as 43 pessoas que sofreram mordedura de um cão vadio semana passada em Nampula. É que depois de ter sido abatido, o animal foi submetido a um exame que confirmou que tinha vírus da raiva. “Todas as 43 pessoas que foram mordidas naquele dia foram recebidas, uma parte, no Hospital Central de Nampula, outras no Hospital 25 de Setembro e no final unimos todas as pessoas para fazermos o seu seguimento no Centro de Exames Médicos de Nampula. Aconselhamos que todas fizessem a vacinação anti-rábica”, anunciou o médico-chefe na Direcção Provincial de Saúde em Nampula, Salaimana Izidóro.

Como mandam os procedimentos para aquele tipo de incidentes, as autoridades de saúde garantem ter administrado três doses de vacina contra o vírus da raiva canina, porém, o risco ainda não foi superado.

“O período de incubação do vírus, dependendo do local da mordedura, varia de duas semanas até 60 dias. Então, a partir do dia que sofreram mordedura até 60 dias poderemos dizer que esta pessoa não terá o vírus”, esclareceu o médico.

Só no primeiro semestre deste ano, 1441 pessoas sofreram mordedura com cães na província de Nampula, tendo resultado em sete mortos.

Os números são preocupantes e para fazer face ao problema os serviços de saúde trabalham com a veterinária e os municípios para a captura de cães vadios.

Para já, a província de Nampula conta com um stock de 300 doses de vacina anti-rábica.

Outra doença que está a matar muito naquela província é a malária que até Julho já vitimou 131 pessoas. “Estamos a registar um aumento considerável de casos de malária em que até Julho contamos com 1 464 969 casos com 131 óbitos”, precisou o nosso entrevistado, tendo esclarecido que o número de casos significa um aumento em 20% se comparado com igual período do ano passado, todavia, as mortes reduziram em 19,6%.

Os distritos de Nampula, Meconta, Morrupula, Rapale e Angoche tiveram maior número de doentes de malária em 2017, pelo que, no dia 21 de Setembro começa a pulverização intradomiciliária avaliada em 50 milhões de meticais. Trata-se de uma das campanhas mais caras para os serviços de saúde, segundou apurou O País.

 

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