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Timor-Leste: Presidente eleito diz que quer honrar confiança do povo

José Ramos-Horta, eleito pela segunda vez a Presidente da República de Timor-Leste, com 62,09% dos votos, tendo derrotado o actual Chefe de Estado, Francisco Guterres Lú-Olo, disse que vai trabalhar arduamente para honrar a confiança que a população timorense depositou em si para liderar o Estado durante os próximos cinco anos, escreve o Notícias ao Minuto.

“Foi uma grande lição democrática, uma fonte de inspiração para que trabalhe com todas as minhas capacidades para não falhar e não trair a confiança que o povo depositou em mim, a expectativa da população”, afirmou Ramos-Horta, numa conferência de imprensa na sede da campanha em Díli.

“O mundo vive, neste momento, vários problemas graves, mas pelo menos Timor-Leste mandou uma mensagem ao mundo de que a nossa democracia está forte”, acrescentou.

Ramos-Horta disse que, antes de tomar posse, vai dialogar com várias forças políticas. Aliás, é desejo do Presidente eleito promover diálogos amplos com todos os sectores políticos e sociais timorenses, mas com objectivos claros.

“Não tenho inimigos. Temos adversários políticos e é assim que funciona a democracia: uma confrontação de ideias, de programas, um debate claro. Isso é a democracia numa sociedade livre”, afirmou.

“E, por isso, vou procurar diálogo para restaurar a credibilidade da ‘casa sagrada’ que é o Parlamento, respeitando a Constituição e o regimento”, disse ainda.

No seu primeiro discurso público desde que venceu as eleições, Ramos-Horta disse que é crucial “normalizar a situação governativa para poder responder ao impacto económico”, especialmente tendo em conta a grave situação internacional que se vive actualmente.

José Ramos-Horta irá tomar posse, pela segunda vez, a 20 de Maio, data em que Timor-Leste celebra 20 anos da restauração da independência.

Ramos-Horta foi porta-voz da resistência timorense durante a ocupação pela Indonésia e, em 1996, recebeu o Prémio Nobel da Paz em conjunto com o bispo timorense Ximenes Belo.

Depois da independência, foi ministro dos Negócios Estrangeiros, primeiro-ministro e Presidente de Timor-Leste.

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