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Textáfrica: preciosos pontos em tempo de pandemia

Xi-cau-cau

Que foi o primeiro campeão nacional, já todos sabíamos; que forneceu imensas glórias futebolísticas ao país, também; que enquadrou jogadores na primeira linha nacional, como José Luís, Mambo, Ângelo, Miguel, Adelino Jorge e outros, é uma realidade.

O que talvez poucos esperávamos, é que…
Em tempo de pandemia e após sinais de queda que punham em risco a sua participação no Moçambola, os fabris do Chimoio – graças a uma nova direcção chefiada pelo empresário Quinito – ganhassem uma dinâmica tal, que no Chimoio e numa grande parte de Manica, o azul do seu equipamento viesse a ser a côr preferida, um pouco por todo o lado.

Dia após dia, respeitando as regras do isolamento individual, o clube de Manica demonstra uma nova dinâmica, apoiada num princípio que vai, seguramente, ser um exemplo para outras províncias: a união em redor do seu representante.

O sucesso, que parece estar no embrião, vai dando sinais positivos: equipamentos e símbolos repletos de originalidade, “banners” colorindo a cidade, reparação de recintos desportivos, organização dos departamentos com a adesão do empresariado e entidades locais ao projecto.

Paralelamente, um caminhar, a passos largos, rumo a uma meta até há pouco impensável: a do sócio mil! Quem diria!
 

PEDRA NO SAPATO
 
Diferentemente da capital do país, algumas províncias têm que repensar e interiorizar que a herança do benfiquismo, sportinguismo e por aí em diante, já não faz sentido. Porque é que, zambezianos ou nampulenses, não se unem em redor do seu representante na nação, indepedentemente das cores das camisolas?

Unidos ficamos fortes, desunidos, acontece o contrário. A pandemia veio colocar mais a nu essa realidade, em todas as áreas e sectores. O desporto não foge à regra. Somos um dos poucos maus exemplos que se conhecem no mundo. Atente-se nos casos do Manchester, Barcelona, Porto, Braga e outros, clubes que protagonizam, na plenitude, o amor pela terra que representam.

Por cá, apoiados pelas autoridades provinciais, os amantes do desporto devem unir-se em torno do bem maior: a presença de um forte representante, neste caso no Moçambola, para a todos orgulhar.

Felizmente, o bom exemplo do Textáfrica, primeiro campeão nacional, está aí, para ajudar a (re)tirar essa pedra do sapato.

O futebol nacional dará um passo em frente e o país agradecerá!

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