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Mocímboa da Praia atacada pelos terroristas e Chume declara perseguição

Os terroristas voltaram a atacar a Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, alegadamente em retaliação à morte de um dos seus principais líderes. O Ministro da Defesa Nacional confirma o facto e pede mais paciência aos moçambicanos.

O relato vem da aldeia de Naquitenge, em Mocímboa da Praia, onde 10 pessoas terão sido decapitadas pelos terroristas na última semana. Esta segunda-feira, o Ministro da Defesa Nacional falou sobre o assunto e garantiu que as Forças de Defesa e Segurança, as da SADC e as ruandesas estão a perseguir os terroristas, com o objectivo de cortar as linhas de comunicação e logística dos atacantes.

“Esta acção não é surpresa, aliás, já tínhamos alertado que deveríamos manter-nos vigilantes porque, com a acção que culminou com a liquidação de uma parte da liderança deles, é natural que eles queiram mostrar não só à comunidade nacional, mas também à comunidade internacional que continuam activos. Para nós, isso é um sinal de que toda a capacidade que deve ser gerada deve continuar. Do nosso lado, não vamos baixar a guarda, no sentido de que aniquilamos a cabeça da cobra, mas há sacrifícios que temos de continuar a fazer, para que, de facto, haja zero ocorrência de actividades dos terroristas. Temos pedido paciência à população de Cabo Delgado e de todo o país”, reagiu Cristóvão Chume, Ministro da Defesa Nacional.

Quanto ao regresso da população às zonas afectadas, o governante encoraja o regresso das populações e pede maior coordenação com a estrutura administrativa.

“Continuamos a encorajar o regresso da população, e as estruturas locais têm trabalhado com as Forças de Defesa e Segurança em todos os momentos de actividades militares na província de Cabo Delgado e não será um regresso isolado; é uma actividade coordenada em todas as etapas. Encorajamos que regressem a todas as aldeias; naquelas onde houver algum desafio acrescido, vamos referir junto às autoridades locais para que tenha um certo tipo de cuidado”, acrescentou Chume.

O Chefe do Estado-Maior General das FADM, Joaquim Rivas Mangrasse, reafirmou a prontidão da força para continuar a defender a independência e soberania nacional.

“Nós não vamos parar, somos ambiciosos e não vamos dar descanso aos terroristas onde quer que eles estejam, nas matas, nas machambas, nos rios, nas ilhas, nas povoações… não haverá lugar para os terroristas.”

Estas declarações foram proferidas, hoje, na Província de Maputo, no âmbito do lançamento da semana comemorativa dos 59 anos do início da luta armada de libertação nacional, cujas celebrações centrais vão ter lugar na província de Tete.

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