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Terrorismo no país: “alguns se fazem de políticos, mas são recrutadores”

Foto: Presidência da República

O Presidente da República diz que há pessoas que se fazem passar por políticos para recrutar jovens para o grupo dos terroristas. Filipe Nyusi acrescentou que o Governo está atento ao fenómeno e os que fazem isso serão julgados e condenados.

O Presidente da República foi, esta quinta-feira, o convidado de honra à cerimónia de graduação de oficiais da Academia Militar Marechal Samora Machel, na cidade de Nampula, província com o mesmo nome.

Na sua intervenção, Filipe Nyusi abordou o assunto terrorismo, que tem assolado o país para denunciar a existência de outras formas de recrutamento de jovens para as fileiras dos terroristas a partir da capital do norte.

“Temos mais casos e estamos a seguir. Alguns se fazem de políticos, mas depois são recrutadores de futuros terroristas e estamos a seguir. Quando falo, é porque estamos quase para tê-los e nós não vamos aquilo que fazemos quando a população se entrega e depois devolvemos às comunidades. Esses, quando nós formos à captura, o lugar deles é a cadeia, é o julgamento, é a justiça”, afirmou o Presidente da República, Filipe Nyusi.

O Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança pede, por isso, que a província de Nampula seja mais vigilante para aqueles “que pensam que enganam pessoas, que é novo negócio recrutar jovens e entregar aos outros, não pensem que estão escondidos porque há denúncias daqueles que fogem e dizem os vossos nomes. Sei que estão a ouvir-me”.

Filipe Nyusi destacou ainda que há avanços no combate ao terrorismo, que resultaram na detenção de alguns terroristas e seus líderes, bem como o armamento por si usado.

“Temos como exemplo o caso que se deu com o terrorista Abdulai que integrava o lote de notáveis comandantes que dirigiam várias operações e que ficou por terra no contacto com combativo que as Forças Armadas tiveram no dia 20 de Novembro deste ano na zona entre Miangalewè e Xitasse. O outro exemplo são os graves ferimentos infligidos ao terrorista Zubeira Atibu, o homem que dirigiu o primeiro ataque ao posto de Chipemene, distrito de Memba, nesta província, em que foi sacrificada uma freira católica”, revelou o Chefe do Estado.

Com esta perseguição cerrada por parte das Forças de Defesa e Segurança e seus parceiros, segundo o Presidente da República, os terroristas procuram outras formas de escapulir-se, movimentando-se de um lado para o outro, ou seja, já não têm bases fixas.

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