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Terminal rodoviário de Zimpeto “assaltado” por operadores ilegais

Há transportadores que não deviam carregar e descarregar passageiros no terminal rodoviário do Zimpeto, facto que preocupa a FEMATRO. Para corrigir a situação, a agremiação e a Polícia Municipal estão a sensibilizar os operadores sobre o encurtamento de rotas e especulação de preços.

Vestidos de coletes cor de laranja, os fiscalizadores da Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários, FEMATRO, levaram a cabo, ontem, uma campanha de sensibilização aos operadores do ramo de transporte público para que cumpram com os seus deveres e direitos dos passageiros.

À iniciativa juntou-se a Polícia Municipal. Essencialmente, deseja-se o fim do desvio de rotas, especulação de preços e selecção de passageiros nas paragens.

Há transportadores que procuram carregar passageiros dentro do parque rodoviário do Zimpeto, mas não devia.

“No passado, o meu ‘chapa’, que faz Rotunda–Guava podia entrar no parque do Zimpeto. Não sabia que as coisas mudaram”, mostrou-se surpreendido o transportador António Nhambanga.

Outros até sabem que não devem entrar no terminal rodoviário do Zimpeto, porém há uma explicação para isso. “Estou a operar dentro do parque porque há crise de passageiros. Tenho que começar a carregar a partir do terminal, que é onde as pessoas mais ficam”, justificou Eugénio Manjate, outro transportador que usa o parque, mas não devia.

A entrada de viaturas que não deviam no parque do Zimpeto preocupa a Federação Moçambicana de Transportadores Rodoviários.

“Estamos a verificar viaturas com letreiros que não dizem nada ao terminal de Zimpeto. Zimpeto é um terminal, o que significa que todos os carros que entram aqui devem ter a mesma designação (Zimpeto) como terminal. Não compreendo como é que os carros que não têm tal denominação estão aqui”, disse Baptista Macuvele, vice-presidente da FEMATRO, num tom de indignação.

Este não é o único aspecto que preocupa a FEMATRO. “Queremos que o nosso munícipe chegue ao seu destino, seja extinguida a selecção de passageiros e o encurtamento de rotas. Mas para esse exercício lograr seus feitos, pedimos a colaboração do munícipe. O passageiro precisa de saber que ele é o primeiro fiscalizador”, avançou Baptista Macuvele.

A Polícia Municipal sabe desses problemas todos, mas, nesta fase, vai limitar-se à sensibilização. “Os condutores e/ou operadores têm conhecimento. Só precisam de que estejamos aqui a intensificar, mas eles prometem cumprir as orientações que estão a ser dadas pelos nossos colegas. O objectivo do Conselho Municipal é desencorajar esta prática por parte dos operadores e nós, como a Polícia Municipal, vamos punir os infractores”, exortou Arsénia Miambo, porta-voz da Polícia Municipal.

A punição por encurtamento de rota e especulação de preço implica uma multa que vai até 18 mil Meticais e retenção da licença.

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