A nova realidade digital traz consigo benefícios e constrangimentos, um dos quais, a segurança cibernética. João Confraria, administrador da ANACON, de Portugal, defende que os Estados devem definir, claramente, o que pretende regular.
O espaço cibernético, diz o administrador, é um espaço comercial e para sua segurança e flexibilidade deve ser devidamente regulado. Confraria termina dizendo que mais do que criar leis, é necessário penalizar a negligência dos utilizadores, que, muitas vezes, não actualizam nos seus dispositivos os serviços de segurança, deixando-os desta forma vulneráveis
No debate sob moderação de Olívia Massango, directora de Informação da STV, Américo Muchanga, Director-Geral do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique, entidade reguladora do espaço aéreo nacional, assumiu que a segurança cibernética continua a ser um desafio no país, porém, não deixou de destacar que há avanços. “O país está progressivamente a caminhar para a nova realidade digital”, disse, acrescentando que o objectivo actual é expandir a banda larga para mais sítios e criar condições e capacidade para dar respostas aos desafios que se impõem.
Já Cláudio Banze, Director de Distribuição, Canais e Serviços no Standard Bank, destacou o papel das mudanças tecnológicas na indústria financeira. Banze disse ser necessário alterar o comportamento do consumidor e capitalizar a tecnologia para garantir a interação com os clientes. O gestor não deixou de destacar o papel do regulador, tendo apontado a criação da interactividade entre os bancos e as agências de telefonia móvel.
E porque a formação é tida como chave para a transformação digital, o Director de Programas de Graduação do ISUTC, Elton Sixpence, disse que a instituição ensina aos alunos a desenvolverem habilidades para implementar sistemas que resolvam problemas de várias organizações e do ensino em si. Sixpence enfatizou a importância da utilização correcta dos sistemas digitais e referiu que a sociedade deve estar consciente de que a tecnologia também traz desvantagens. “A sociedade deve se autorregular e aprender a viver com as tecnologias”, frisou.
Convidada a partilhar da sua experiência nas vantagens do uso das tecnologias digitais, Whynde Kuehn disse que podem ser usadas não só para ampliar o mercado de compra e venda a nível global, como podem ser usadas em vários sectores como saúde, educação entre outros. A tecnologia pode ser usada para melhorar o desempenho na educação através da implementação de cursos online, ajustados à realidade local.