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Tarifa do “chapa” pode subir sete Meticais a partir de segunda-feira em Maputo

O vice-presidente da FEMATRO diz que os transportadores vão agravar a tarifa do transporte de passageiros na Cidade e Província de Maputo. Entretanto, a edilidade da capital do país diz que não foi autorizado nenhum aumento.

Circula, desde esta quarta-feira, um comunicado assinado pela União dos Transportadores de Maputo (UTRAMAP), que anuncia nova tarifa de transporte a entrar em vigor a partir do início da próxima semana.

De acordo com o documento, o preço do “chapa” vai subir sete Meticais, o que significa que as rotas que aplicavam 12 Meticais passam a cobrar 19 Meticais e nas rotas cuja tarifa era de 15 Meticais, serão aplicados 22 Meticais.

O vice-presidente da Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) confirma o anúncio e diz que o ideal seria agravar a tarifa em 15 Meticais, contudo o valor é inferior em benefício do cidadão, que já enfrenta alto custo de vida.

A medida é anunciada num contexto de insatisfação por parte dos transportadores, que alegam que a actividade está insustentável.

“Os transportadores queriam já desde o ano passado aumentar a tarifa em sete Meticais, mas nós sempre dissemos que o Governo estava a trabalhar para ver se haveria compensações. Todavia, as compensações falham”, disse Paulo Mutisse, vice-presidente da FEMATRO.

O Governo prometeu, mas depois desistiu do subsídio ao passageiro, que era a forma definida para não encarecer a vida das pessoas. Por outro lado, avançou com as compensações aos passageiros. Entretanto, até ao momento, “aos semicolectivos foram pagos o correspondente a dois meses e às cooperativas foram pagos apenas quatro meses”.

“Temos uma tarifa que já foi aprovada pelo Município de Maputo, de incremento de sete Meticais por passageiro. Esse incremento já tinha sido aprovado, mas não aplicámos na altura porque o Governo disse que subsidiaria o passageiro”, acrescentou.

Entretanto, sem dar entrevista, o Conselho Municipal da Cidade de Maputo esclareceu que não foi autorizado nenhum agravamento.

Já o Ministério dos Transportes e Comunicações prometeu pronunciar-se em breve. O “O País” sabe, porém, que o MTC, o Conselho Municipal de Maputo e as associações dos transportadores vão reunir-se na sexta-feira.

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