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TAÇA COSAFA: Moçambique começa a defesa do título contra Senegal

A selecção nacional de futebol de praia vai começar a defesa do título da Taça COSAFA defrontando o Senegal, na primeira jornada. A partida tem a particularidade de ser entre o campeão e o vice-campeão de África.

Quis o sorteio que Moçambique começasse, no dia 25 do mês em curso, pelo grupo A, a corrida para a defesa do título conquistado na edição passada da Taça COSAFA defrontando o gigante Senegal, campeão em título de África.

Curiosamente, o conjunto senegalês venceu, na final, a selecção moçambicana, que, por conta da segunda posição, garantiu, pela primeira vez, a sua participação no campeonato mundial da modalidade, prova que teve lugar na Rússia. Aliás, nessa prova, as duas selecções representaram o continente africano.

Um ano após se terem defrontado na final do campeonato africano da modalidade, as duas selecções voltam a cruzar caminho, desta feita na Taça COSAFA, competição na qual Moçambique deixou a sua marca na edição passada, ao sagrar-se campeão.

Na segunda jornada, o combinado nacional vai defrontar as Seychelles, numa partida em que o conjunto moçambicano parte como favorito. Já na terceira e última jornada da fase de grupos, o combinado nacional vai medir forças com a África do Sul, embate que se espera que seja bastante electrizante dada a rivalidade entre as duas selecções.

RESPEITAR O ADVERSÁRIO SEM TEMÊ-LO

O seleccionador nacional de futebol de praia, Abineiro Ussaca, reagindo ao sorteio da COSAFA, diz que vai encarar o Senegal com muito respeito, mas sem o temer.

Ussaca diz ainda que vai tentar, dentro do respeito pelo adversário, fazer um bom resultado, de modo a começar a competição com pé direito, mas também para perseguir os objectivos traçados para esta competição, que passam por repetir a proeza da edição passada.

“Sabemos que não será fácil, tendo em conta que o Senegal é um adversário de outro nível e que, acima de tudo, vem de uma série de competições. Ora, o que nos compete é fazer o melhor”, diz Abineiro Ussaca.

A partida entre as duas selecções tem o condão de ser entre o campeão e vice-campeão da edição passada do campeonato africano de futebol de praia. Acrescido a isso está o facto de Moçambique ser o actual detentor da Taça COSAFA.

Para Abineiro Ussaca, esses elementos trazem uma enorme pressão às duas equipas, na medida em que representam muita responsabilidade. Sobre a sua equipa, o seleccionador nacional diz que o facto de ter conquistado o título na edição passada faz com que tenha a obrigatoriedade de, no mínimo, passar da fase de grupos.

Em relação ao facto de ser vice-campeão de África, o jovem seleccionador entende que Moçambique tem a obrigação de provar por que é que foi o melhor representante da África Austral, quer no campeonato africano quer no mundial.

“Fomos a única selecção da região a qualificar-se para o mundial. Por isso, todas as atenções estarão viradas para nós. Todos estão expectantes na nossa prestação”, explica Ussaca.

O grupo A, do qual Moçambique faz parte, é constituído também pelas selecções das Seychelles, África do Sul e Egipto. Fazendo uma radiografia do grupo, Abineiro Ussaca considera que é preciso encarar todos os adversários da mesma maneira.

Em relação às Seychelles, adversário que o combinado nacional não tem tido dificuldades para vencer, diz que tem as suas valências.

“Para nós, cada jogo é uma final e não há dias iguais. É verdade que, em relação às Seychelles, vencemos as últimas partidas que efectuámos, quer no campeonato africano quer na COSAFA. Mas isso faz parte do passado, pelo que temos de fazer o melhor. Fazer o melhor é vencer o jogo”, explica Abineiro Ussaca.

JOGADORES MOTIVADOS

A escassos dias da competição, Abineiro Ussaca diz que os seus jogadores estão motivados, justificando pelo facto de se terem empenhado durante a preparação.

“Houve muita entrega por parte dos jogadores. Por essa razão, torna-nos difícil escolhermos os melhores”, vangloria-se Abineiro Ussaca, cujo desejo é levar 18 jogadores para a COSAFA.

“Estamos a trabalhar com a federação, no sentido de garantir que os 18 jogadores estejam presentes neste torneio. Acredito que possamos conseguir, pois a nossa ideia é mantermos o ritmo competitivo dos mesmos”, explica o técnico.

A ideia, segundo o seleccionador nacional, é fazer com que, até à próxima competição, no caso, o campeonato africano da modalidade, prova que vai ter lugar em Vilankulo, na província de Inhambane, tenha já um conjunto coeso.

Na corrida para a COSAFA, Moçambique efectuou três jogos de preparação contra a sua congénere de Marrocos, tendo ganho dois jogos e perdido um. Para o seleccionador nacional, esses jogos serviram para aferir em que nível a sua equipa está, de modo a melhorar alguns aspectos.

“Em função do que aconteceu nesses três jogos, mas também pelo trabalho que temos vindo a desenvolver desde que arrancamos com a preparação, os meus jogadores dão-me uma boa garantia”, acredita Abineiro Ussaca, sublinhando que, não obstante esse facto, é preciso continuar a trabalhar. A Taça COSAFA vai ser disputada de 25 de Setembro a 1 de Outubro, em Durban, África do Sul.

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