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Suspensão de ajuda alimentar pune milhões de pessoas na Etiópia

Foto: Dinheiro vivo

As decisões dos Estados Unidos e do Programa Mundial de Alimentação (PMA) das Nações Unidas de suspender a ajuda alimentar à Etiópia devido ao alegado desvio desse apoio está a punir milhões de pessoas. Este alerta é do porta-voz do governo etíope, Legesse Tulu.

Legesse considera esta decisão política.

“Tornar apenas o governo responsável pelos desvios é inaceitável”, disse Legesse Tulu, durante uma conferência de imprensa.

Na quinta-feira, a USAID, a agência de ajuda internacional do governo dos EUA anunciou a suspensão de ajuda alimentar ao país e denunciou uma operação de desvio generalizada e coordenada.

No dia seguinte, o PMA anunciou que suspendia temporariamente a ajuda alimentar, citando também desvio de alimentos e afirmou que a assistência nutricional a crianças, grávidas e lactantes, programas de refeição escolar e actividades de fortalecimento de agricultores e criadores devido aos choques externos continuaria sem interrupção.

Num comunicado de imprensa, as autoridades etíopes e a USAID garantiram que decorria uma investigação conjunta para que os autores dos desvios sejam responsabilizados.

De acordo com os dados da ONU, citados pelo Notícias ao Minuto, cerca de 20 milhões de pessoas dependem de ajuda alimentar.

A Etiópia também abriga quase um milhão de refugiados, principalmente do Sudão do Sul, Somália e Eritreia.

Desde meados de Abril, quase 30 mil pessoas que fogem do conflito no Sudão também encontraram refúgio no leste da Etiópia.

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