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Supremo Tribunal Federal do Brasil autoriza investigação a Jair Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República do Brasil pediu, ontem, ao Supremo Tribunal Federal que investigue o ex-presidente Jair Bolsonaro como autor intelectual e instigador dos ataques perpetrados pelos seus apoiantes em Brasília.

O episódio do ataque às sedes dos três poderes em Brasília continua a dominar a agenda no Brasil. Nesta sexta-feira a procuradoria-geral sugeriu uma investigação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

” A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal a inclusão de representação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Inquérito 4.921, que apura a instigação e autoria intelectual dos actos antidemocráticos que resultaram em episódios de vandalismo e violência em Brasília no último domingo”, lê-se num comunicado divulgado na página do Ministério Público Federal.

Os membros do Ministério Público Federal indicam que ao partilhar o vídeo nas suas redes sociais  no dia 10 de Janeiro questionando a regularidade das eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro teria feito incitação pública à prática de crime.

Jair Bolsonaro já reagiu através da sua assessoria.

“O presidente Jair Bolsonaro repudia veementemente os actos  de vandalismo e depredação do património público cometido pelos infiltrados na manifestação. Ele jamais teve qualquer relação ou participação nestes movimentos sociais espontâneos realizados pela população”, referiu Frederick  Wassef, seu advogado, numa nota enviada à comunicação social.

No mesmo documento, o advogado defende que:

“O presidente Jair Bolsonaro sempre  repudiou todos os  actos ilegais e criminosos, e sempre falou publicamente ser contra tais condutas ilícitas,  assim como sempre foi um defensor da Constituição e da democracia. Em todo o seu governo, sempre atuou dentro das quatro linhas da Constituição”, acrescentou o advogado de Jair Bolsonaro.

Lembre-se que antes dos ataques às sedes dos três poderes, os radicais de extrema-direita bloquearam estradas, invadiram uma delegacia de Brasília em meados de Dezembro e, dias depois, terão deixado um artefacto explosivo próximo ao aeroporto da capital, que foi desativado pela polícia.

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