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 “Supostos desvios do valor das dívidas ocultas podem ter sido feitos no estrangeiro”

A Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, disse, durante seu informe anual ao Parlamento esta quarta-feira em Maputo, que a ter havido desvio de fundos, no caso do empréstimo das famosas dívidas ocultas, estes foram praticados a partir de instituições no estrangeiro, tendo em conta que todos os valores dos empréstimos foram transferidos dos bancos credores situados no estrangeiro, para empresas fornecedoras de bens e serviços também situadas no estrangeiro.

Daí que, segundo a Procuradora, “toda a informação relevante para o seguimento dos valores e aferir dos eventuais desvios, só poderá ser coligada com a colaboração das autoridades judiciárias estrangeiras dos países com que os valores tiveram contacto, como destino ou mero trânsito”.

Apontou também a necessidade urgente de se corrigir fragilidades resultants de obscuridades, deficiências e contradições de textos legais constatadas durante no relatório da autoria e pela Comissão de Inquérito criada para investigar o caso.

Por outro lado, Beatriz Buchili disse que a não publicação, na íntegra, do relatório da auditoria da Kroll sobre as dívidas ocultas, prende-se com o facto de o documento conter informações ainda não conclusivas que carecem de seguimento complementar. Referiu ainda que o relatório tem informações que, publicadas, podem prejudicar as investigacões em curso, para além do risco de violação da presunção de inocência.

 

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