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Sudão: Número de mortos nos protestos contra junta militar sobe para 15

Foto: Notícias ao Minuto

Pelo menos 15 manifestantes morreram hoje no Sudão, em consequência da repressão das manifestações convocadas para protestar contra o golpe de Estado militar do passado dia 25 de Outubro, segundo o Comité de Médicos, da oposição.

O anterior total era de 10 mortos nos protestos ocorridos hoje e, desde o golpe de Estado, são agora 45 as vítimas mortais resultantes da repressão das autoridades às manifestações contra o general Abdel-Fattah al-Burhan.

A maioria dos mortos de hoje, registou-se em Cartum Norte, cidade adjacente à capital, na qual foram duas as vítimas mortais e uma em Durman, outra localidade próxima de Cartum, segundo o Comité.

Com este número, o dia de hoje passa a ser o mais sangrento desde que os militares derrubaram o governo de transição, o qual incluía também civis, de acordo com o Notícias ao Minuto.

O Comité de Médicos, que desde a revolução que derrubou o ditador Omar al-Bashir, em 2019, presta assistência aos manifestantes e é a única fonte que procede à contabilização regular de mortos resultantes da repressão das forças armadas.

“Existe ainda um grande número de feridos nos hospitais de Cartum e nas vias de acesso com dificuldades de transporte”, acrescentou o Comité.

As organizações civis que protestam contra o golpe militar tinham convocado para hoje uma nova jornada depois da do passado dia 13, quando as forças de segurança causaram pelo menos sete mortos.

Nos protestos de hoje, as forças de segurança utilizaram gás lacrimogéneo e bastões contra os manifestantes, de acordo com a agência noticiosa espanhola Efe.

Várias pessoas foram feridas e dezenas foram presas e carregadas para camiões de caixa aberta.

Após a dura repressão das manifestações de sábado, que resultou em várias mortes e num grande número de feridos, atores internacionais como a União Europeia e os Estados Unidos criticaram o uso da força utilizada pelas autoridades militares do país e instaram-nos a respeitar o direito à manifestação pacífica.

A comunidade internacional exige também a libertação de todos os líderes civis e militares detidos após o golpe, incluindo membros do Conselho de Ministros deposto, a restauração de um governo civil e de Abdullah Hamdok como primeiro-ministro.

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