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Sistema do INATRO estará “bom” só daqui a 60 dias

Foto: O País

O sistema do INATRO só poderá funcionar em pleno nos próximos 60 dias. A promessa foi feita, hoje, pelo vice-ministro dos Transportes e Comunicações. Enquanto isso, várias escolas de condução não conseguem dar vazão aos instruendos devido a dificuldades na realização de exames.

“Não há sistema para realização de exames”. Esta é, certamente, a frase que os candidatos a condutores ouvem quando vão ao Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários para fazer os exames teóricos e adquirirem suas cartas de condução.

“O INATRO, como sabem, tem estado a sofrer de um desafio dos seus sistemas que, nalgum momento, a instituição teve que parar de fazer algumas actividades por causa da dificuldade no sistema, situação que está foi estabilizada”, reconheceu o vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone.

O número dois do pelouro dos Transportes e Comunicações desenvolve o discurso, explicando que “os problemas ocorridos na altura (interrupção da impressão de cartas) criaram um corte na produção de cartas e outros processos que, neste momento, temos que estar a fazer um esforço de recuperar o espaço perdido”.

O espaço perdido não será recuperado tão já. Ou seja, os que gostariam de realizar os exames e ter suas cartas em mãos ainda este ano, tal não será possível. Continuarão a ouvir “não temos sistema ou o sistema está com problemas” pelos próximos dois meses.

“Nós acreditamos que, nos próximos 30 ou 60 dias, já teremos estabilizado o sistema”, garantiu Amilton Alissone.

O vice-ministro dos Transportes e Comunicações revelou, ainda, que o INATRO já está no processo de informatização de pagamento de multas aos condutores que violam as regras como forma de evitar o contacto directo entre o automobilista e o agente de trânsito, que muitas vezes termina em corrupção.

“O INATRO já está a fazer a verificação de todo o seu processo, tanto de produção de cartas, controlo de multas, registo de viaturas por forma a automatizá-lo completamente. Então, com este trabalho que nós vamos fazer, achamos que vamos ter todos os sistemas a operarem e, a partir daí, teremos condições para fazer o aproveitamento desta economia digital. A consultoria deve dar resultados até o final de Janeiro e pensamos que o processo de implementação pode ser próximo ano”, detalhou o vice-ministro dos Transportes e Comunicações.

Sobre os 20 autocarros que ainda não chegaram ao país do lote de 100 prometidos para 2021, Amilton Alissone garante que as viaturas estão reféns de processos administrativos para o seu envio ao país.

O governante falava, esta quarta-feira, em Maputo, à margem do encontro de auscultação sobre a revisão do Código de Estrada.

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