O presidente do MDM, Daviz Simango, elogiou e encorajou, nesta terça-feira, o Presidente da República, Filipe Nyusi e o coordenador da Renamo, Ossufo Momade, pela assinatura do memorando que viabilizará o processo de desmilitarização e exigiu que o documento se tornasse público.
Simango começou por referir que um processo de paz, antecedido de um conflito armado, é sempre delicado.
"E o nosso é ainda mais delicado devido ao facto de haver grupo de pessoas que sempre tentaram tirar dividendos deste processo, para satisfazer caprichos particulares em vez de pensar como nação. Por causa disso, o país passou por várias tensões políticas que culminaram com a morte de pessoas e destruição de diversas infra-estruturas e, por conseguinte, a queda da nossa economia" acrescentou.
Para Daviz Simango, o novo ciclo das negociações, que está a ser directamente encabeçado pelo Presidente da República e o coordenador interino da Comissão Política da Renamo, caso encontre a velocidade ideal, será um grande troféu para a paz.
"E é isso que todos os moçambicanos devem abraçar. Elogiamos e encorajamos ao presidente Filipe Nyusi e ao coordenador da Renamo para continuarem firmes neste propósito, a efectivação da desmilitarização, porque os moçambicanos estão a ficar cada vez mais impacientes, porque a questão militar esta a condicionar os investimentos nacionais e estrangeiros, numa altura em que a nossa economia esta bastante debilitada. Temos que mudar e para mudar tem de haver confiança e para que haja confiança, este pacote da desmilitarização deve ser fechado com sucesso para que haja confiança a nível nacional e internacional. Apenas pedimos as duas partes para que tornem este documento público, para que os moçambicanos possam se apropriar do mesmo".