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Shafee Sidat apela à celeridade na tramitação da documentação de Alberto Lário

Foto: O País

O antigo presidente da Federação Moçambicana de Atletismo, Shafee Sidat, apela às autoridades para que sejam céleres na tramitação do processo de pedido de nacionalidade do treinador português, Alberto Lário.

A detenção e a consequente notícia do repatriamento do treinador português, Alberto Lário, continua a alimentar muitos debates e a suscitar várias reacções, com uns a condenarem e outros a considerarem que a decisão foi justa.

O antigo presidente da Federação Moçambicana de Atletismo, Shafee Sidat, diz que é a favor da legalidade, mas considera que é preciso que as autoridades sejam céleres na tramitação de processos. Para si, não faz sentido que o pedido de nacionalidade moçambicana, por parte de Alberto Lário, ainda não tenha sido respondido, volvidos seis anos.

“Trabalhei com Alberto Lário durante o tempo em que fui presidente da federação. Aliás, fui uma das pessoas que o ajudaram a adquirir o DIRE”, disse Shafee Sidat, tendo acrescentado que as autoridades deveriam, no mínimo, dar uma resposta ao pedido do técnico, positiva ou negativa, pois passa muito tempo após ele ter submetido o pedido de nacionalidade moçambicana.

Sidat diz, ainda, que Alberto Lário tem dado o seu contributo para o desenvolvimento do atletismo moçambicano, estando, como fruto do seu trabalho, a criar campeões.

“Lário é uma pessoa comprometida com a causa do atletismo moçambicano. Com o seu próprio dinheiro, ele tem apostado em novos talentos, dando-lhes toda a assistência necessária.”

Por essa razão, ainda que não seja a favor da ilegalidade, diz que se deveria dar outro tratamento a pessoas que, sendo estrangeiras, têm sido uma mais-valia para o país, como é o caso de Alberto Lário.

“Há muitas pessoas que estão, até hoje, à espera da regularização da sua documentação. Algumas nem sequer vão trazer algum benefício ao país, contudo há aqueles que querem contribuir para o nosso desenvolvimento”, observa o antigo presidente da FMA.

Entretanto, Alberto Lário não mais será repatriado para o seu país de origem, tendo-lhe sido dada a oportunidade de legalizar a sua documentação. O técnico está, neste momento, internado numa das unidades sanitárias da capital do país. Suspeita-se que o mesmo tenha contraído a COVID-19 na cadeia em que está detido desde a semana passada.

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