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SETSAN e PMA apresentam estudo para reduzir desnutrição no país

Em Moçambique, cerca de 45% das mortes de crianças menores de cinco anos estão associadas à malnutrição. Segundo o estudo “O custo da fome em África” (2017), o país perde mais de 10,9% do seu PIB anual devido à desnutrição crónica, equivalente a uma perda anual de 62 biliões de meticais (1,6 biliões de dólares).

Para superar esta situação, o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) e o Programa Mundial para a Alimentação das Nações Unidas (PMA) apresentaram hoje em Maputo, os resultados de uma análise que fornece recomendações do caminho a seguir.

Intitulada “Preencher a lacuna de nutrientes” (Fill The Nutrient Gap-FNG), a análise testa a eficácia das intervenções para tornar as dietas nutritivas mais disponíveis e acessíveis às famílias mais vulneráveis ??em Moçambique.

“O PMA está a contribuir nos esforços para eliminar a desnutrição em Moçambique”, disse Karin Manente, Representante e Directora Nacional, citada num comunicado das instituições, enviado à nossa redacção. “O FNG não é apenas mais um estudo. Compara a relação custo-eficácia de várias opções necessárias para reduzir a desnutrição e ajudar Moçambique a atingir a fome zero. Precisamos continuar a fortalecer políticas e programas baseados nas condições locais e que proporcionem integração entre os sectores”, acrescentou Manente.

“Os níveis de desnutrição crónica são muito altos em Moçambique. O FNG considera as principais lacunas na nutrição e opções orçamentadas para enfrentá-las ”, disse a directora de Políticas e Planificação do SETSAN, Claudia Lopes, acrescentando que “Agora precisamos mobilizar recursos para realizar as acções com mais eficácia de custos, priorizando as populações mais vulneráveis.”

Após a aprovação do relatório final, o FNG será disseminado nas províncias para promover uma maior consciencialização e fornecer opções contextualizadas para reduzir a desnutrição crónica no país.

O FNG foi desenvolvido pelo PMA, UNICEF e IFPRI, resultante de um acordo estabelecido em Maio de 2017 entre o SETSAN – ponto focal do movimento de expansão da nutrição (SUN) em Moçambique – e os membros do SUN no País – sectores Governamentais, sector privado, doadores, sociedade civil e ONU.

 

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