O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), ao nível da cidade da Beira, garante que o local onde supostamente Vitano Singano teria sido raptado não existe. O SERNIC revelou, por isso, que não consegue apurar em que circunstâncias Singano foi raptado há 16 dias.
Duas semanas depois da família, o partido Revolução Democrática e algumas organizações da Sociedade Civil terem denunciado um suposto rapto de Vitano Singano, na cidade da Beira, as autoridades vieram a terreiro para clarificar o caso.
É que, depois de ter estado detido numa das esquadras da capital do país, acusado de supostamente ter estado envolvido num plano engendrado para um golpe de Estado, Singano foi liberto.
E, no regresso à Beira, capital de Sofala, terá sido raptado e, depois, a família denunciou o caso à Procuradoria Geral da República.
Duas semanas depois da acção movida pela família de Vitano Singano, o Serviço Nacional de investigação Criminal diz não ter elementos consistentes para considerar que se trata de um caso de rapto.
“Estamos preocupados porque estas informações não são coerentes. Elas vêm de várias formas, mas também trazem alguma discrepância. Dizem que ele foi raptado ou sequestrado em Maquinino, mas do trabalho que foi feito não se conseguiu localizar este local”, disse o porta-voz do SERNIC em Sofala, Alfeu Sitoe.
Outrossim, as autoridades, em conferência de imprensa, manifestaram a sua preocupação em relação à forma como a família de Singano está a tratar o caso.
“Outra informação indica que ele teria sido encontrado morto enforcado. A família teria aparecido a dizer que não é verdade. Como eles sabem ? Então, sabem onde ele está. É importante eles virem dizer onde está.”
O Partido Revolução Democrática emitiu, há dezasseis dias, um comunicado no qual afirmam que os supostos raptores terão usado, no acto, trajes que se assemelham aos que os agentes do SERNIC usam.
“Não somos nós que temos a missão de cometer algum crime, mas sim de esclarecer esta situação. Do trabalho feito desde o início desta situação, constatou-se que um cidadão foi encontrado com documentos do Vitano. Quando questionado, disse que teria recebido de um motorista”, explicou Sitoe.
O mesmo indivíduo viria a ser libertado pelas autoridade.
A esposa de Vitano Singano foi ouvida, nesta sexta-feira, em torno deste caso.
A mesma disse ao “O País” que as informações que são veiculadas nas redes sociais não constituem a verdade.