Ainda esta segunda-feira, Sérgio Namburete disse ao tribunal montado na Cadeia de Máxima Segurança da Machava, na Província de Maputo, que, do valor recebido, 127 mil euros, gastou boa parte em procedimentos médicos, como cirurgia, para ele e para a sua esposa, na África do Sul. Segundo disse, o valor foi gasto ao longo dos procedimentos médicos, levantado em “pequenas” quantidades, de dois mil e três mil euros.
Mostrando-se arrependido, Namburete disse que está disponível a devolver o dinheiro recebido, que não foi facturado pela sua empresa SEN – Consultoria e Investimentos porque, na altura, tudo foi muito rápido.
Além disso, Sérgio Namburete disse que não sabe por que Maria Inês Moiane escolheu-o para receber o valor, sendo ele promotor de grandes negócios imobiliários. E clarificou dizendo que Maria Inês Moiane procurou-o para intermediar o negócio sem nenhum contrato. Nisso ele viu uma grande oportunidade.
Por um lado, Sérgio Namburete não tem nenhum relatório que confirma a consultoria que prestou a Logistic International e a Privinvest Shipbuilding. Por outro, não teve resposta à pergunta porquê emitiu facturas do “negócio”, ocultando o verdadeiro fundamento, sabendo que o procedimento da venda de terra não era correcto.
No fim da sessão, Sérgio Namburete foi dispensado pelo juiz Efigénio Baptista, devendo comparecer no tribunal no dia da leitura da sentença ou sempre que se julgar necessário.