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Semi-colectivos em Maputo em greve contra medida que limita lotação

Alguns transportadores de transportes semi-colectivos em Maputo paralisaram hoje as actividades por, alegadamente, estarem a sofrer injustiças e prejuízos, com a medida que impõe limite para três passageiros em cada banco dos vulgo “mini-buses”.

Transportadores de semi-colectivos com diversas rotas na província e cidade de Maputo paralisaram na manhã de ontem as actividades, por alegada injustiça das autoridades. Em causa consta a lotação limitada que os transportadores devem observar.

Segundo os transportadores, desde que o Estado de Emergência foi decretado em Março último, os semi-colectivos transportam três passageiros por cada banco. Entretanto, os transportadores queixam-se pelo facto da medida da lotação não estar a ser observada pelos autocarros que, supostamente, têm excedido aos olhos impavidos das autoridades, o decretado.

“Isso é injustiça. É possível no mesmo sector ter dois pesos e duas medidas? Os autocarros podem transportar mais de 80 passageiros, mas nós é que não devemos transportar mais?”, queixou-se um transportador.

“Uma vez eu carreguei a mais um passageiro e fui peseguido com a polícia; levaram-me de carro e até exigiram subornos”, narrou outro transportador que ameaçou: “se não nos permitirem mais passageiros vamos continuar com a greve”.

Na paragem João Mateus, na cidade da Matola, onde “O País” esteve, vários passageiros sofreram impactos com a paralisação dos transportes hoje.

“Estou aqui há 30 minutos. Eu gostaria de chegar à cidade de Maputo, mas está dificil”, disse um passageiro, secundado por um outro que pediu “quem de direito para ver a situação”.

Momentos após a resistência dos transportadores com a greve, Calisto Cossa, presidente do Conselho Municipal da Matola, reuniu com cooperativas de transportadores, tendo suplicado para que não pautassem pela paralisação.

“Nao prejudiquemos o munícipe que quer ser transportado. Já estamos com a situação difícil ao sair de casa e não ter como voltar. Por favor, pensem nisso”, disse o autarca, que recebeu promessa das cooperativas para o fim da greve, embora até ao meio dia a situação continuava a se verificar.

As principais  rotas afectadas com a paralisação foram Cidade da Matola – Xipamanine; Cidade da Matola – Malhampsene; Cidade da Matola – Liberdade.
O facto também vericou-se nos bairros de Patrice Lumumba e Malhampsene, na Matola.

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