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Selecção Nacional de futsal de malas à Tailândia à procura de rodagem

A Selecção Nacional de Futsal partiu, esta quarta-feira,  para Tailândia, onde vai participar no Torneiro Continental da modalidade. Na prova, o seleccionador nacional, Faruk “Farukito” Ismael, pretende simplesmente ganhar rodagem em preparação do Torneio COSAFA a realizar-se em Outubro na capital do país.

Tailândia vai fazer, de 25 a 30 do corrente mês, sala ao Torneio Continental de futsal. Moçambique estará lá, integrado no grupo B, com Kosovo, Tailândia e Uzbequistão, países que não permitem que o seleccionador nacional, Faruk Ismael, tenha margens para sonhar alto. Aliás, até que sonhar pode, porque, sabe o técnico, não paga imposto. No entanto, nesta empreitada, nada de estabelecer fasquias.

“Vamos tentar fazer o nosso melhor. Sabemos que vamos encontrar selecções que não são do nível de Moçambique. São selecções que estão a preparar o Mundial. Não vamos com intuito de ir ganhar, se ganharmos, terá acontecido e será um bónus para nós”, observou Farukito ao deixar o claro objectivo de Moçambique na prova.

“Nós vamos à Tailândia para preparar o COSAFA e os adversários que teremos vão conferir-nos tarimba. Este torneio apareceu como um bónus de preparação e vamos aproveitar”, notou.

O conjunto está endiabrado, não obstante o défice competitivo. Aliás, tal como o técnico, os atletas sabem da qualidade dos adversários, mas nem por isso atiram a toalha ao chão.

“Estamos motivados. Não vamos à Tailândia a passeio, mas o nosso foco é a preparação da prova continental”, dissipa José da Silva.

À Tailândia, dos 22 atletas com quem trabalhavam, Farukito leva 18 que foram selecionados às “cegas”, tendo em conta que há quase dois anos que não há competição.

O seleccionador nacional de futsal sabe dos riscos que corre sob ponto de vista de produção, sabe também que, ao voltar, terá de fazer outro “scouting”.

“Baseamo-nos numa convocatória anterior. Ao voltarmos da Tailândia, vamos avaliar o nível de atletas que temos e, se calhar, olharmos para os outros jogadores que cá não estão”.

 

FRESCURA FÍSICA GRANDE CONDICIONANTE

Meses e meses a contemplarem a bola foram-se, desde que a COVID-19 abraçou os moçambicanos. Agora, com olhos para o COSAFA e de malas para o “continental” da Tailândia, Farukito e os pupilos lutam pela recuperação da forma, o que não tem sido fácil e pode condicionar, de certa forma, o desempenho da selecção.

“A condição física tem vindo a melhorar depois de muito tempo sem treinar. Nos primeiros dias, foi um choque, porque estivemos num cenário de espécie de pré-epoca”, anota Farukito, secundado pelos atletas.

“Ficamos muito tempo sem competir, mas estamos numa situação melhor, tratando-se de primeira. Ainda assim, estamos a tentar trabalhar para recuperar a frescura física de modo a que consigamos bater de frente com os adversários”, deseja José Da Silva.

 

CONDIÇÕES LOGÍSTICAS “AU POINT”

O chefe da delegação moçambicana que vai à Tailândia, Amilcar Jussub, garante estarem criadas todas as condições para que o combinado nacional participe na prova da melhor forma possível.

“Está tudo acautelado junto aos organizadores. À nossa ida, vamos sair de Maputo via Qatar e vamos fazer escala em Doha e seguiremos à Tailândia. No regresso, sairemos de Bangkok, escalaremos Doha, Johannesburg e depois Maputo”, explica Jussub a rota da viagem. E, esclareceu as razões de uma viagem longa e, acima de tudo, cansativa: “Esses são os voos possíveis, em função das condições financeiras que temos”.

Estando o mundo a passar por uma terceira vaga da COVID-19, Jussub alerta: “Temos de cuidar um dos outros, porque a Tailândia tem maior índice de casos de positividade da pandemia”.

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