Um mês depois das petrolíferas terem anunciado concursos públicos para a contratação de serviços de seguros para suas operações de gás na área 4, da bacia do Rovuma, cujos requisitos afastavam por completo a participação das seguradoras moçambicanas, os termos e condições poderão ser revistos.
"Não ficamos muitos satisfeitos com a maneira como o seguro foi tentado ser colocado e já estamos a trabalhar com a própria Anadarko para encontrarmos uma solução que realmente se enquadra no conteúdo nacional", disse o Presidente do Conselho de Administração da EMOSE, Joaquim Langa,
Joaquim Langa aponta alguma das saídas, com vista acomodar as seguradoras moçambicanas.
"No seguro existe a figura de resseguro. O que estamos a negociar com eles basicamente é que seja o mercado nacional liderado pela EMOSE a subscrever cem por cento do risco e através do resseguro podemos transmitir uma parte significativa desse risco para as seguradoras de que eles elegem que tenham os requisitos exigidos", elucidou o PCA da EMOSE
Com o resseguro, espera-se assegurar pelo menos 30 por cento em comissões deste serviço para as seguradoras nacionais, numa acção a ser lidera pela veterana EMOSE em parceria com outras seguradoras elegíveis.
Recorda-se, que para o caso da gigante petrolífera italiana, Eni, só podem, por exemplo, prestar serviços seguradoras com experiência e com um volume de negócio superior a 500 milhões de dólares norte-americanos, uma exigência longe das capacidades das empresas moçambicanos deste ramo de actividade.