O sector de Saúde na província central de Tete acaba de criar oito grupos que visam a prevenção da cólera ao longo da zona fronteiriça com a Zâmbia e o Malawi, que do lado moçambicano abrange os distritos de Marávia, Zumbu, Chifunde, Angónia, Tsangano, Moatize, Dôa e Mutarara.
O chefe do Departamento de Assistência Sanitária na Direcção Provincial da Saúde, em Tete, Xarifo Hossene Gentivo, disse, citado pela AIM, que a medida foi tomada pelo facto de se estar na época chuvosa, que propicia a ocorrência de doenças de origem hídrica.
Segundo Gentivo, as equipas são constituídas por médicos, técnicos de medicina preventiva, laboratório e de saúde pública, que farão o controlo dos produtos que entram a partir daqueles países, sobretudo os de consumo imediato e também os vegetais, para além de desinfecção das pessoas que atravessam a linha fronteiriça, naqueles distritos.
“Os que passam pela fronteira devem ser desinfectados para evitarmos que tenhamos a cólera na nossa província, por isso que criamos as equipas para o controlo da migração transfronteiriça”, afirmou.
A fonte garantiu que existem medicamentos suficientes para tratar as pessoas em caso da eclosão da chamada doença das 'mãos sujas'.
“Não é nosso desejo que haja cólera, mas estamos a dizer que o sector da Saúde está preparado para atender a eventual situação desta doença, em Tete”, disse, acrescentando que “esta é a nossa preparação para que não tenhamos dificuldades de assistir a eventuais doentes de cólera, se esta doença eclodir na nossa província”.
A cidade de Tete, capital provincial, foi assolada pelo surto de cólera no ano passado, fazendo mais de uma dezena de óbitos.