Tony Blair, antigo primeiro-ministro britânico, é o patrono do instituto com o seu nome e é nessa qualidade que se encontra em Maputo para avaliar o apoio que a sua instituição presta à Moçambique, principalmente na área de boa governação corporativa e institucional. Na tarde desta quinta-feira, foi recebido pelo Presidente da República com quem discutiu o apoio do seu Instituto à Moçambique. Falando em conferência de imprensa após a audiência com o Estadista moçambicano, o antigo governante britânico disse ter abordado os planos de electrificação de Moçambique. “O sector de energia é uma das áreas críticas deste país, onde sei que existe um plano bastante realista que tenho certeza de que vai melhorar o acesso à energia aos moçambicanos bem como garantir o acesso universal até 2030”, afirmou.
Blair elogiou os sucessos alcançados pelo Presidente da República na solução dos diversos problemas que o país enfrenta ” tenho que dar os meus parabéns ao presidente Filipe Nyusi pelos seus feitos para este país que tem muitos desafios mas também muitas potencialidades e oportunidades” disse Blair
Tony Blair diz que há muitas fontes de energia que podem ser utilizadas em Moçambique desde o gás, as hidroelétricas bem como as fontes renováveis entre outras.
“O que o meu instituto faz é trabalhar com governos em África, onde estamos em 30 países, ajudando-os a implementar os seus programas e a fazer as mudanças necessárias”, acrescentou.
Num outro desenvolvimento, o antigo governante britânico disse que o brexit não iria afectar as relações do seu país, bem como do seu instituto com o continente africano, porque ”a Grã-Bretanha tem instituições bastante sólidas de desenvolvimento e de cooperação internacional com orçamento a longo prazo, que eu como primeiro-ministro ajudei a consolidar e por isso seja qual for o impacto do brexit não vai afectar os programas e as relações com Africa”
Sobre a renúncia do presidente sul-africano, Jacob Zuma, Tony Blair apenas disse que conhecia muito bem e respeitava o novo presidente daquele país, Cyril Ramaphosa e que não gostaria de tecer mais comentários.
Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração da Empresa Eletricidade de Moçambique disse que já há cerca de um ano que a sua empresa trabalha com o Tony Blair Institute for global Change, contando inclusive com um conselheiro daquela Instituição que apoia no sector da governação e reformas na empresa. “Para eles, como disse o antigo primeiro-ministro, é preciso que uma empresa seja transparente e bem governada para que possa atrair donativos e investimentos. Sem isso, mesmo que a empresa tenha dinheiro este acaba desaparecendo” disse Magala.