O sector agrário registou um crescimento de 8.5 por cento na campanha agrária 2016/2017, segundo dados revelados, ontem, no seminário de divulgação e validação dos resultados de pesquisa sobre fortalecimento de políticas agrárias em África.
O crescimento deve-se ao maior desempenho em culturas alimentares de rendimento, com destaque para o arroz, milho e leguminosas. “O caju produziu cerca de 135 mil toneladas e esse número contribui para a balança comercial que a presente campanha teve comparativamente as campanhas anteriores”, disse Américo Manuel da Conceição, director nacional de Agricultura e Silvicultura.
Relativamente ao seminário de divulgação e validação dos resultados de pesquisa sobre fortalecimento de políticas agrárias em África, Américo Manuel diz que o evento é importante, porque permite fazer uma análise dos resultados obtidos nas áreas de produtividade e colectividade agrária, financiamento e investimento agrário, recursos naturais, capacidade institucional e sistemática que, de forma sistemática, serão avaliados para se aferir até que ponto estão devidamente enquadradas.
A vice-ministra da Agricultura e Segurança Alimentar, Luísa Meque, disse que a visão definida no sector agrário, a médio prazo, é de um sector competitivo e sustentável, com o objectivo de contribuir para uma agricultura orientada para o agro-negócio, segurança alimentar e nutricional, com a finalidade de assegurar a soberania alimentar e a melhoria da balança de pagamentos, através do aumento das exportações e redução das importações. “O ministério contínua comprometido com a transformação do agricultor de subsistência para um agricultor orientado para o mercado. Para o efeito, é nossa convicção que quatro áreas jogarão um papel importante nomeadamente, a investigação, a extensão, a mecanização agrária e irrigação”, disse Meque.
Dyborn Chibonga, representante da Aliança Africana para a Revolução Verde (AGRA) no Malawi, garantiu que vai contribuir no nível sistemático e agrário das inovações. A AGRA apoia em corredores de crescimento agrícola prioritários seleccionados para fortalecer o acesso estruturado ao mercado no Corredor de Nacala e aumento da disponibilidade na distribuição de insumos no Vale do Zambeze e no desenvolvimento de uma plataforma de mercado agrícola, para melhorar a coordenação da entrega no Corredor da Beira. O evento termina hoje e conta com a presença de organizações que operam no sector agrário.