O contrato de concessão de pesquisa e produção da área PT5-C, localizada na província de Inhambane, foi assinado em Outubro de 2018 entre a Sasol, o Governo e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
A licença é consequência do êxito da Sasol na proposta feita durante a Quinta Ronda de Licitação de Moçambique, realizada em 2015. A Sasol é a operadora do bloco PT5-C com 70% de participação e a ENH tem os restantes 30%.
“Espera-se que a campanha de perfuração inicie no final de 2019”, segundo referiu na altura da assinatura do contrato, o vice-presidente executivo da Sasol: upstream, Jon Harris.
No dia 7 de Janeiro, baseando-se numa informação da página electrónica da consultora Impacto, escrevemos que a licença do projecto ainda está em negociação entre a companhia e o Governo moçambicano, mas a Sasol, numa nota enviada à nossa redacção, esclarece que o acordo entre as partes foi alcançado em 2018 e que não está a negociar nova licença.
“A área de contrato referente é adjacente às existentes em relação aos reservatórios de Temane, Pande e Inhassoro sendo explorados sob licença do PPA e desenvolvidos sob a licença do PSA, o que demonstra a intenção da Sasol de continuar a exploração e produção de hidrocarbonetos na Bacia de Moçambique”, refere a nota de esclarecimento.
Já que as operações da Sasol, incluindo aquelas sob a licença PT5-C, estão concentradas na mesma área, a empresa realizou um Estudo de Impacto Ambiental integrado que foi aprovado pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) em Julho de 2017.
“A aquisição sísmica, construção de estradas, acampamentos temporários, estabelecimento de poços, perfuração de poços, construção de linhas de fluxo, são actividades consideradas neste EIA integrado para todas as licenças detidas pela Sasol (licenças PPA, PSA e PT5-C), que serão revistas e confirmadas juntamente com os desenvolvimentos”, lê-se na nota.
O EIA integrado toma em consideração os próximos 10 anos das actividades da empresa. A nota ainda refere que cada licença tem o seu próprio calendário, que não excede a 30 anos, contados a partir da aprovação de um plano de desenvolvimento pelo Governo.
A Sasol é uma empresa internacional integrada de energia e produtos químicos com mais de 32 400 profissionais que trabalham em 37 países.
“Comercializamos tecnologias, construímos e operamos instalações de escala mundial para a produção de uma série de correntes de produtos de alto valor, incluindo combustíveis líquidos, produtos químicos e eletricidade com baixo teor de carbono”, realça a empresa.