O ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, defende que os processos de planificação no país, incluindo o orçamento, não devem depender de soluções externas e alerta que é preciso romper o ciclo de improviso e resistência à mudança.
Quadros de diversas áreas do Ministério de Planificação e Desenvolvimento estão reunidos, desde esta segunda-feira, na Matola, para procurar os melhores caminhos para a definição de estratégias de planificação para 2026. Um dos maiores desafios passa por fortalecer a Estratégia Nacional de Desenvolvimento, daí que se exige uma nova abordagem. Para Salim Valá, está na hora de valorizar as opções nacionais.
Salim Valá defende uma planificação baseada em problemas reais e com soluções construídas em diálogo com a população, quebrando-se, deste modo, as barreiras como a inércia, o comodismo e o receio de sair da zona de conforto. Para o governante, só com essa abordagem é que o país poderá alcançar resultados palpáveis no quadro dos esforços para o desenvolvimento em várias áreas.
Neste primeiro dia da reunião de planificação, esteve também o secretário de Estado do Tesouro e Orçamento, Amílcar Tivane, que, respondendo a questões de jornalistas, disse que o seu sector está a reforçar o mecanismo de controlo para evitar esquemas de libertação do dinheiro do tesouro.
Tivane defende que cada unidade do metical que sai dos cofres públicos deve destinar-se a pagar despesas programadas, e não o contrário, e insta todos os actores ligados ao processo de libertação de recursos a pautarem por uma postura responsável.
Durante três dias de reunião, será feita a elaboração das estratégias territoriais, que vão servir como um instrumento orientador de planificação para 2026, assim como será apresentada a proposta de prioridades para o sector.