A Sala da Paz pronunciou-se, esta manhã, sobre o processo eleitoral que iniciou às 7 horas. De acordo com Dom Carlos Matsinhe, em representação daquela entidade, de modo geral não houve grandes atrasos no arranque das eleições, esta manhã, o que permitiu um início normal do sufrágio.
A posição da Sala da Paz é baseada em informações recolhidas e partilhas pelos observadores espalhados um pouco por todo em todo o país e pelos órgãos de informação social.
Mesmo considerado um início do processo de votação normal, a Sala da Paz informa que, em algumas províncias do país, os observadores eleitorais não estão a ser deixados fazer o seu trabalho, como é o caso de Cabo Delgado e Tete. Nos distritos desta, por exemplo, Marara e Chiúta, os observadores não estão a ser permitidos trabalhar porque não se apresentaram nas sedes distritais do STAE.
A Sala da Paz adianta ainda que nesta manhã há muita participação dos eleitores, sobretudo dos homens. Igualmente, referiu-se à presença maioritária dos delegados da Frelimo e da Renamo nas mesas de voto, bem como aos tumultos que se verificaram na Ilha de Moçambique.
Ora, a Plataforma de Transparência Eleitoral, nestas eleições, sedeada no Campus da Universidade Eduardo Mondlane, na cidade de Maputo, avançou que algumas mesas demoraram abrir por não terem membros completos ou o mínimo de quatro MMV.
A maior parte das mesas que não abriram às 7 horas são da cidade de Maputo, segundo informou Guilherme Mbilana, representante da Plataforma de Transparência Eleitoral. Paralelamente, “tivemos casos de observadores impedidos de aceder às mesas de voto, em províncias como Zambézia, Manica, Gaza, Nampula, Inhambane e Maputo, devido à credenciação”, disse Mbilana.
Quanto à afluência, as filas apresentaram, esta manhã, uma média de 50 a 100 eleitores. Os dados foram apurados nas 11 províncias, nas 1200 mesas observadas.