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Retoma amanhã transporte de carga entre portos da costa moçambicana

Parte amanhã do Porto de Maputo o primeiro navio que vai fazer o transporte de mercadorias dentro da costa moçambicana e tem como destino final o Porto de Pemba. A viagem terá a duração de cerca de 12 dias, com algumas paragens.

Transportando cerca de 1500 toneladas de mercadorias diversas, como equipamentos e contentores, o navio reactiva o transporte marítimo de mercadorias dentro da costa moçambicana, algo que não acontecia há cerca de 30 anos. Em Pemba, a embarcação vai descarregar 900 toneladas de carga.

“O País” acompanhou na tarde de hoje os trabalhos de carregamento do navio no Porto de Maputo, onde o gestor da Sociedade Moçambicana de Cabotagem, Pedro Monjardidino, explicou o que se pretende com a primeira viagem.

“Esta primeira viagem é um teste que estamos a fazer para avaliar a capacidade de resposta que os portos podem dar a este tipo de serviços que não existe há muitos anos. Os portos não estavam preparados para este tipo de serviços. Queremos avaliar para depois apresentar uma tabela de escalas que tem a ver com o que a realidade demonstra. Uma questão é muito importante na cabotagem, a regularidade do transporte. Preferimos apostar numa primeira viagem de teste para vermos qual é a reacção dos portos para depois termos uma segunda fase, que é termos datas específicas para podermos operar”, explicou o gestor do projecto Sociedade Moçambicana de Cabotagem.

Em Pemba está outra embarcação, com menor capacidade, que vai fazer a distribuição da mercadoria que ali chega para Mocimboa da Praia e Afunge. Dependendo da procura, a Sociedade Moçambicana de Cabotagem diz estar apta para aumentar os navios, que segundo o gestor da entidade, poderão reduzir os custos de transporte de carga, se comparado com o rodoviário.

“O Governo, por um protocolo que fez com os portos, reduziu as taxas de manuseamento de mercadorias, o que tem impacto directo nos consumidores finais em 50 a 60 por cento, dependendo de cada porto, é o primeiro aspecto. O segundo aspecto, as taxas de navegação, as taxas do INAMAR foram reduzidas entre 50 a 75 por cento, isso é bem demonstrativo daquilo que é a intenção do Governo de fazer com que o serviço seja revitalizado”, considera Pedro Monjardidino, gestor de projecto da Sociedade Moçambicana de Cabotagem.

Até aqui, há no país duas embarcações para a cabotagem. Uma maior, baseada em Maputo, com capacidade para 260 contentores, ou seja, cerca de 3800 toneladas de mercadorias e apetrechado com duas gruas. Outra, que está em Pemba, com a capacidade para 450 toneladas e uma grua de 30 toneladas.

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