O Presidente da República, Filipe Nyusi, que falava, hoje, na cerimónia de abertura do ano judicial 2022, apontou para o restabelecimento da vida social em regiões afectadas pelo terrorismo como prioridade, uma vez que a população está a regressar para as suas zonas de origem.
Como ponto de partida, o Chefe do Executivo moçambicano diz haver necessidade de se reconstruir as instituições públicas destruídas como escolas, hospitais, procuradorias, tribunais, entre outras, para garantir o fornecimento dos serviços públicos nas zonas afetadas pelo terrorismo.
O terrorismo no norte do país já causou a morte de mais de 2 mil pessoas e forçou a deslocação de mais de 820 mil cidadãos.
“Para além de perdas humanas, acção dos terroristas contribui para a destruição de infraestruturas socio-económicas, património público e privado, causando uma quebra nos níveis de produção, caracterizada pelo encerramento de unidades produtivas e, consequentemente, o aumento do desemprego e retrocesso dos níveis de bem-estar social”, acrescentou Filipe Nyusi.
Falando sobre o Judiciário, que neste ano actua sob lema: “Juntos no combate ao Terrorismo e Crimes Conexos”, o Presidente da República lamentou a destruição das instituições e residências do sector de Justiça em Cabo Delgado, assim como o deslocamento forçado de juízes para outros pontos do país. Sobre esta questão, Nyusi disse ser do interesse do Executivo que os tribunais e procuradorias sejam reerguidos.
Durante a sua intervenção, o governante apelou à necessidade de todo o país estar unido na luta contra o terrorismo, porque este mal “afeta o executivo, legislativo e o judiciário, as instituições religiosas, as instituições do ensino, as empresas e a cada um dos cidadãos”.
Ainda sobre o combate à criminalidade, Filipe Nyusi apelou ainda ao empreendimento de esforços para combater outros tipos de crimes, como tráfico de drogas, branqueamento de capitais, corrupção, entre outros.