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Residentes da Matola Rio esperam melhoria das condições de vida com a municipalização

Foto: O País

Moradores do Posto Administrativo de Matola Rio querem que a elevação a Município traga melhoria nos serviços de transporte, saúde, educação e vias de acesso. A preocupação foi partilhada, hoje, durante uma auscultação promovida pela 4ª Comissão da Assembleia da República.

As comissões de Administração Pública e Poder Local e dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade, da Assembleia da República, procederam, esta segunda-feira, a mais uma auscultação aos moradores das autarquias recentemente criadas pelo Governo. Desta vez, foi a vila da Matola Rio.

“Em todos os locais por onde passamos, as populações estão satisfeitas com esta proposta, mas ainda há certos desafios ligados às delimitações”, disse Lucília Hama, presidente da 4ª Comissão, depois do encontro com moradores, partidos políticos, empresários e estruturas locais.

Segundo a presidente da 4ª Comissão, as populações acolhem a iniciativa, pois vêem a possibilidade de melhorar as condições de vida, o que até acontecia, porém sem acompanhar a velocidade das comunidades.

Com a municipalização da vila da Matola Rio, acredita-se que problemas como transporte, saúde e educação poderão ser resolvidos localmente e com a devida celeridade. Quem o diz é o chefe da Localidade de Matola Rio, que fala de uma vila com condições económicas, demográficas e políticas para assumir a posição de Município.

“Acreditamos que algumas medidas serão tomadas de forma local, através dos órgãos decisores que o Conselho Municipal possui a nível do seu ordenamento jurídico, por isso acreditamos que a municipalização da Matola Rio poderá realmente trazer este desenvolvimento. Importa relembrar que há situações em que o Governo, por si, não tem a possibilidade de trazer a resposta, em tempo oportuno, segundo os anseios da comunidade, mas, com o município, será possível”, disse Viriato Magarira, chefe da Localidade da Matola Rio.

Um dos apelos dados foi a necessidade de o novo Município ter zonas de expansão e a localidade de Mulotana é eleita. Contudo, o arquitecto Alfredo Manhiça apela à cautela neste capítulo.

“Parece que Matola Rio já está lotado, mas não. Ainda temos muito espaço vazio. Nós precisaremos de infra-estruturas para responder à municipalização, por isso as estruturas locais devem avaliar qual é o modelo ideal para a sua implantação”, sugeriu o arquitecto.

A proposta de lei que cria as 12 novas autarquias, aprovada recentemente pelo Governo, já foi depositada na Assembleia da República. Contudo, é incerta a sua apreciação, ainda no decorrer da 5ª sessão ordinária ou se ainda poderá ser convocada uma sessão extraordinária, por forma a acautelar as eleições autárquicas de 2023.

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