A Nova Democracia denunciou, ontem, a ocorrência de ilícitos eleitorais durante a votação em Gurúè. Salomão Muchanga, líder do partido, diz que o processo eleitoral está a ser gerido por mafiosos e gangsters.
A forma como decorreu a repetição das eleições em Gurué, na província da Zambézia está a suscitar diversas críticas.
Uma das vozes que criticou o processo é do líder do Partido Nova Democracia,Salomão Muchanga.
Muchanga diz ter havido cometimento de diversos ilícitos eleitorais naquela parcela do país.
Houve “cadernos eleitorais trocados em todas as mesas de votação, enchimentos, perseguições, intimidações, baleamento. Estivemos numa situação em que estas eleições se confundiram com um motim. E, portanto, a Nova Democracia não se revê”, disse Muchanga.
O político disse, igualmente, que o processo eleitoral está a ser gerido por pessoas de conduta duvidosa.
“Neste processo, verificamos que grupos mafiosos, gangsters, dirigem os processos eleitorais em Moçambique. Caso vertente deste processo repetido hoje aqui em Gurúè, repetiu-se o que se viveu em Outubro”, disse.
Por seu turno, Orlando Janeiro, cabeça-de-lista da Nova Democracia em Gurúè afirmou que não houve nenhum instrumento regulador, vindo da CNE, para que se não repetissem os erros cometidos em Outubro passado.
Janeiro criticou a actuação da Polícia da República de Moçambique durante o processo eleitoral.
“Hoje, o contingente militar também tomou conta neste processo. A pergunta que faço é: onde é que terminará o povo que não tem armas? Como vai fazer para que sua vontade se cumpra para que saia do sofrimento, para se libertarem das amarras em que se encontram no nosso país?”, questionou.
Dados divulgados em Gurúè dão vantagem ao partido Frelimo.