A Renamo exige a demissão e detenção dos gestores dos órgãos eleitorais nos distritos municipais Kampfumo e Nlhamankulu, onde os tribunais decidiram pela repetição da votação.
A Renamo, na Cidade de Maputo, convocou a imprensa para dar o ponto de situação dos processos judiciais em curso nos tribunais distritais e os recursos submetidos ao Conselho Constitucional. Falando sobre a votação que será repetida, a Renamo impôs condições para que participe no processo.
“Não vamos aceitar ir para as próximas eleições com as mesmas pessoas que foram responsáveis pela falsificação dos resultados, pelos crimes eleitorais que foram cometidos; exigimos à PGR para deter e acusar criminalmente todas essas pessoas [responsáveis], e a Comissão Nacional de Eleições deve rapidamente afastar administrativamente todas elas, colocando novas pessoas com base num consenso para nós avançarmos para as próximas etapas”, exigiu o cabeça-de-lista da Renamo na Cidade de Maputo, Venâncio Mondlane.
A Renamo diz não reconhecer outro resultado senão a vitória na votação de 11 de Outubro: “Não vamos aceitar nenhum resultado que seja diferente deste que ficou provado em tribunal: foi provado na contagem paralela da Renamo, na contagem paralela da Mais Integridade, e é comprovado no coração de todos maputenses que votaram e sabem em quem é que votaram”.
Venâncio Mondlane diz que, para a capital do país, a Renamo reclama de irregularidades em cinco distritos municipais: Em KaMaxaquene, o partido submeteu denúncia ao Ministério Público; em KaMubukwana, recorreu ao Conselho Constitucional pelo facto de o juiz ter julgado improcedente a sua contestação; nos distritos Kampfumo e Nlhamankulu vai ser repetida a votação, sendo que, neste último, será em 64 mesas de um total de 120.
A Renamo exige também a responsabilização criminal daqueles funcionários e gestores de órgãos eleitorais que consideram que cometeram ilícitos eleitorais.