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Renamo e MDM unem-se para fiscalizar recenseamento eleitoral

Os maiores partidos da oposição no país –  Renamo e MDM – assinaram um acordo para fiscalizar o recenseamento eleitoral que decorre no país. Segundo os dois partidos, a medida visa a partilha de dados colectados no decurso do processo.

As denúncias sobre irregularidades no processo de recenseamento eleitoral já soam alto. Os dois principais partidos da oposição decidiram reunir as forças para fiscalizar o processo e partilhar as ocorrências.

De acordo com a Renamo, a medida vai permitir a partilha dos registos colectados na abertura e fecho diário de cada posto ao longo de todo o recenseamento eleitoral.

Em entrevista exclusiva ao “O País”, o director do Gabinete Central de Eleições na Renamo, José Mazuane, os partidos poderão fazer a partilha de registos de ocorrências relevantes para avaliação da fiabilidade e transparência do recenseamento eleitoral.

“Vamos trabalhar em conjunto na elaboração de recursos quando houver necessidade para tal”, avançou José Mazuane.

Faz ainda parte das medidas a planificação conjunta na alocação de fiscais e de supervisores. O MDM, através do seu porta-voz, Ismael Nhacucue, disse que a medida vai compensar casos em que se verifique lacuna na representação de um partido.

“Isso vai permitir que nós tracemos estratégias mais concretas porque estamos a perceber as diversas irregularidades que acontecem no terreno. Nos próximos dias, eventualmente, vamos trazer mais dados sobre as tentativas de fraude, vamos galvanizar o povo moçambicano”, disse Ismael Nhacucue.

Os dois partidos poderão ainda partilhar dados na elaboração dos relatórios no fim do recenseamento eleitoral para a determinação dos resultados agregados do número de eleitores de cada região.

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