A Renamo diz que as medidas implementadas nos primeiros 100 dias de governação não tiveram um impacto significativo na vida dos moçambicanos. O partido liderado por Ossufo Momade diz ainda que a falta de recursos financeiros não pode ser usada para explicar a falta de avanços.
O Partido Renamo reagiu, esta sexta-feira, ao relatório dos 100 dias de governação, recentemente apresentado pelo Presidente da República. O porta-voz do perdiz, Marcial Macome, afirmou que os problemas estruturais que afectam a sectores como saúde e educação permanecem sem soluções eficazes.
“Profissionais da Educação e Saúde ainda enfrentam dificuldades com a paralisação e queixas de falta de condições adequadas”, reclamou.
A Renamo reconhece que houve um esforço para iniciar o pagamento de salários em atraso e promover um diálogo com a oposição, mas reclama que a implementação das medidas ainda gera dúvidas, devido ao histórico do país.
“Moçambique tem um histórico de acordos políticos que pouco resultaram em mudanças reais. A população precisa de acções concretas e não apenas promessas. A assinatura de acordos políticos e a implementação de medidas sociais, como projectos de habitação para jovens são importantes, mas a questão central permanece: essas acções terão impacto duradouro ou serão medidas paliativas”, questionou.
O Renamo criticou, igualmente, o Informe do Procurador-geral da República, afirmando que as soluções para os casos de corrupção e aumento de criminalidade carecem de profundidade. O partido exigiu também o fortalecimento do sistema de justiça.