O reitor do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia Alberto Chipande (ISCTAC) diz que a formação de médicos não deve ser avaliada num exame de quatro horas. Rizuane Mubarak reagia, assim, aos resultados dos exames de certificação de médicos submetidos pela Ordem dos Médicos de Moçambique.
Criado em 2009 na cidade da Beira, o ISCTAC contribuiu com 21 graduados, de um total de 175 que foram submetidos, pela Ordem dos Médicos, a exames de certificação para a Medicina Geral. Dos 21 graduados pelo ISCTAC, sete passaram no exame de certificação e já podem exercer a profissão de médico. “Como instituição, estamos satisfeitos por termos conseguido, logo na primeira aparição, apresentar graduados em Medicina Geral reconhecidos pela Ordem dos Médicos”, disse.
Ainda assim, o reitor do ISCTAC e pedagogo de formação alertou que a qualidade de formação dos graduados não deve ser avaliada num exame de quatro horas. “Um bom académico sabe que uma formação de seis anos não vai ser medida em quatro horas. Mesmo se submetêssemos alguém da Ordem dos Médicos a esse exame, acredito que teria resultados piores“, disse Mubarak, acrescentando que o pior erro é pretender avaliar o que nunca foi ensinado.
A Ordem dos Médicos submeteu 175 graduados em Medicina Geral a exames de certificação e 85 não conseguiram notas suficientes para exercer a profissão de médico.