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Reencontro de eternos rivais e vizinhos acontece sábado no ENZ

São duas das equipas com adeptos mais fervorosos, mais numerosos e mais exigentes que o futebol moçambicano tem, pelo menos ao nível da capital do país. São vizinhos de longa data e rivais de todos os tempos. Protagonizam o derby mais antigo e o clás-sico de todos os tempos. Hoje disputam campeonatos diferentes, mas com mesma am-bição de vencer jogos em todas partidas que disputam. Enfrentam mesmos problemas, quer financeiros, quer estruturais e até de infra-estruturas desportivas.

Maxaquene e Desportivo voltam a se cruzar em jogos oficiais, dois anos depois de se terem cruzado para o campeonato nacional, em 2016, no último ano dos “alvi-negros” no Moçambola. Agora, a disputar o campeonato da divisão de honra, onde não con-seguiu a ascensão ao principal campeonato do futebol nacional, ano passado, permitin-do ao Incomati de Xinavane esse privilégio, o Desportivo tem o objectivo de mostrar no futebol moçambicano, chegando mais longe na Taça de Moçambique e conquistado a divisão de honra, zona sul, no final da época.

Aliás, lidera a prova invicto, somando por vitórias os cinco jogos disputados. Uma motivação que os jogadores do desportivo vão querer se segurar a ela para alcançar um bom resultado frente aos “tricolores”.

Mas a turma orientada por Antoninho Muchanga também tem seus objectivos nesta temporada. Se já assumiram que o objectivo não passa pela conquista do título, certa-mente que chegar o mais longe possível na Taça de Moçambique será um deles. E os resultados positivos alcançados nas últimas cinco jornadas do Moçambola 2018, onde alcançou duas vitórias e três empates, também motivam os “tricolores” para este emba-te com o Desportivo.

É uma partida que vai, com certeza, deslocar muitos amantes do desporto moçambica-no, particularmente o futebol, para ver de perto as estrelas destas duas formações. Aliás, são duas dois dos clubes com adeptos mais numerosos e que sempre apoiaram as equipas em todas partidas, tanto em casa como fora, mais exigentes, que querem ven-cer todas provas, e mais fervorosos, que mais apoiam e gritam a cada lance dos inter-venientes.

Prevê-se uma boa moldura humana no Estádio Nacional do Zimpeto, sábado, a partir das 14H00.

Dois grandes vão cair na fase regional
Ainda nesta fase regional, que apura as equipas que estarão presentes na fase nacional, ou seja, nos oitavos-de-final desta Taça de Moçambique, duas equipas que disputam o Moçambola 2018 irão ficar por terra, uma vez que teremos dois jogos que envolvem equipas do primeiro escalão do futebol moçambicano.

Na capital do país, Costa do Sol mede forças com Clube de Chibuto, numa verdadeira maratona rumo a final da prova. Detentor do troféu, os “canarinhos” não terão tarefa fácil, pese embora joguem em casa, uma vez que estão no processo de assimilação dos ideais do novo treinador, enquanto o Chibuto está mais entrosado aos sistemas de Ar-tur Semedo.

No embate registado recentemente, para o Moçambola, as duas equipas terminaram com nulo, num jogo disputado na “trincheira” de Chibuto.

Já no “caldeirão” do Chiveve, Ferroviário da Beira e Textáfrica do Chimoio também protagonizam embate de gigantes. Uma destas equipas vai dizer adeus a Taça de Mo-çambique, com os “locomotivas” de Chiveve a serem a grande decepção, até ao mo-mento, no campeonato nacional, onde não conseguem acentar seu jogo para alcançar vitórias. Até ao momento é o “rei dos empates”, tendo empatado, inclusivo, com este Textáfrica, na terceira jornada do Moçambola, a uma bola.

Certamente os adeptos do Chiveve, exigentes, não querem ver mais um desaire da sua equipa e vão apoiar de todas formas para que haja festa da passagem aos oitavos-de-final.

ENH e Liga Desportiva mais tranquilos?
Na Taça de Moçambique não há equipas pequenas e nem grandes. Aliás, as maiores surpresas acontecem sempre na Taça. ENH de Vilankulo recebe a Acedémica, numa partida que sabe que terá dificuldades, mas que é favorito a passagem. O mesmo se diz da Liga Desportiva de Maputo, outra equipa do escalão principal, que recebe o Clube da Manhiça, também é favorita, mas sabe que há sempre suspresas.

No outro extremo do país, no norte, o Desportivo de Nacala, do Moçambola, não te-rá tarefa fácil diante do Sporting de Monapo. Ainda que esteja a militar no campeonato provincial, o Sporting de Monapo pode ser um osso duro de roer, pese embora o des-nível dos escalões entre os dois contendores.

Embates entre “secundários” vai animar centro e norte

No centro e norte haverá embate entre equipas da segundona. Em Quelimane, Ferrovi-ário local e Chingale de Tete, não lutam somente pela subida ao Moçambola, mas também pela passagem aos oitavos-de-final da Taça de Moçambique. Prevê-se grande despiques dos jogadores que querem fazer história nesta competição. O mesmo pode se dizer do jogo entre os Ferroviário de Pemba e de Lichinga. Dois eternos rivais do norte do país, com um resultado imprevisível e que, certamente, vai desagradar ao vencido.

Já na cidade da Beira, o Estrela Vermelha local recebe o “provinciano” de Tete Atlético Mineiro de Moatize, com o favoritismo a pender para os “alaranjados” de Chiveve.

Mas claro que Taça é Taça e muitas surpresas podem acontecer, nesta eliminatória jo-gada apenas em uma mão, em que terminando o jogo empatado, vai-se ao prolonga-mento de 30 minutos e depois às grandes penalidades.

 

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