O País – A verdade como notícia

Realidade no terreno contrasta AMT: há deficiências no uso do cartão Famba

Foto: O País

A Bilhética electrónica continua a não funcionar em pleno. Em alguns autocarros, há avarias e sem reparação há mais de dois meses. Noutros casos, passageiros não usam o sistema. O jornal “O País” esteve no terreno para verificar a funcionalidade do sistema, depois de a Agência Metropolitana de Maputo ter dito que o sistema está operacional.

“A bilhética electrónica não trabalha num ambiente caótico, trabalha num ambiente organizado”, disse o gestor do projecto de Bilhética Electrónica, António Nhavoto, mas, como que a contradizer o gestor, no terreno, o ambiente não é tão organizado como disse.

Marta Justino é cobradora, no seu autocarro só tem apenas um validador, por isso não é possível o sistema de bilhética electrónica funcionar em pleno, porque depende de dois validadores.

“No meu autocarro, não está a funcionar a bilhética electrónica, porque não há a máquina de trás (validador)”, disse Marta Justino.

No terminal rodoviário da Praça dos Combatentes, ou simplesmente Xiquelene, alguns passageiros não sabem da existência da bilhética electrónica. Os que sabem não usam, como é o caso de Violeta Cossa.

“Acho que é um sistema mau, os autocarros ficam muito cheios e não conseguimos usar os cartões da bilhética electrónica”, revelou Violeta Cossa.

No período de pico, tem sido difícil usar a bilhética electrónica, diz Regina Banze, que é também cobradora. “Não é fácil usar este sistema na hora de congestionamento não ajuda.”

Mais do que isso, o facto é que o sistema da bilhética electrónica não está a funcionar plenamente em determinados autocarros, como diz Rui Artur que é motorista. “Não funciona há dois ou três meses e continuamos a cobrar manualmente.”

Alexandre Gove, um dos responsáveis da FEMATRO, diz que é necessário trocar o sistema, mas Armando Bembele, administrador técnico da Agência Metropolitana de Transporte de Maputo, AMT, diz que não vai desistir da Bilhética Electrónica, por acreditar que está a funcionar.

“Não vamos deitar fora esta bilhética, não vamos deitar fora estes transportadores, nem eles vão abandonar-nos; um dia vai testemunhar a bilhética a funcionar.”

Refira-se que a operacionalização da bilhética electrónica é a condição para a canalização do subsídio ao passageiro.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos