Com o processo de construção e reabilitação de salas de aula em curso, na província de Sofala, continua a baixar o número de alunos que estudam em condições precárias naquele ponto do país, depois da passagem devastadora do ciclone IDAI. O fenómeno natural destruiu 2700 salas de aula, deixando mais de 60 mil alunos e milhares de professores sem infraestruturas condignas. Isto significa que, actualmente, mais de metade das infraestruturas escolares destruídas pelo IDAI já foram reconstruídas de forma resiliente.
A título de exemplo, a Escola Básica 25 de Junho, localizada no populoso bairro da Munhava, foi entregue esta terça-feira às comunidades, depois de ter sido apetrechada com carteiras. “Sempre que caia chuva, nós não conseguíamos estudar. As nossas capulanas eram as nossas carteiras. Agora, temos carteiras e vamos estudar em melhores condições”, disse uma das alunas.
Beatriz Namera, uma das professoras do estabelecimento de ensino, recorda as dificuldades que a classe passou desde 2019, no processo de ensino e aprendizagem. Com a conclusão do processo de reabilitação, a Escola Básica 25 de Junho passou a contar com 25 salas de aula, sendo que 19 foram reabilitadas e as restantes construídas neste processo.
Agora, a escola tem ainda um bloco administrativo e dois sanitários, obras que custaram cerca de 45 milhões de Meticais, valor financiado pela Alemanha. Cerca de seis mil alunos irão beneficiar desta reabilitação, passando a estudar em melhores condições.
Para já, falta reconstruir pouco mais de 900 salas de aula, em Sofala. O sector da educação manifestar-se convicto de que o processo de reabilitação destas restantes escolas poderá ser concluído ainda neste quinquénio.
“Isto vai mudar o actual cenário. É um esforço que estamos a fazer. Temos um défice de 45 mil carteiras”, disse o representante do Ministério da Educação e Cultura.
O governador de Sofala, Lourenço Bulha, considera que apesar de terem sido reabilitadas um grande número de escolas persistem enormes desafios no sector.